Maria Aparecida da Silva Verçosa, de 52 anos, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Mulher, há cerca de 15 dias. Agora, seu filho, Bruno Verçosa, aguarda, semanalmente, uma visita curta no hospital, onde pode tentar obter alguma informação da evolução de saúde de sua mãe. Segundo ele, as informações geradas pela unidade, por meio de ligações de assistentes sociais, não esclarecem os detalhes clínicos dos pacientes.
Dona Maria Aparecida, que é paciente de Covid-19, deu entrada na unidade, no dia 23 de abril, transferida do Hospital de Campanha, após piora no quadro clínico.
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“É angustiante. Eles mesmos se dizem incapazes de fornecer informações mais precisas. Minha mãe está lá, e nós ficamos sem ter noção do estado dela. Que ela continua intubada, nós já sabemos”, relata o filho. Segundo ele, o hospital não tem gerado boletins médicos e, questionados sobre o fato, os próprios funcionários teriam afirmado que não há médicos o suficiente.
“Mandam um assistente ver as informações e passam para gente. Mas não sabem dizer se houve uma piora ou uma melhora no quadro. Não tem um médico que possa dar esse boletim da maneira correta. Disseram que só há um na UTI e ele não pode sair para passar essas questões. A gente fica bastante aflito. Na situação dela, não sabemos o que esperar”, desabafa Bruno.
A última visita que os familiares puderam fazer foi nessa quinta-feira (14). Ele relata que houve uma conversa rápida com o médico e que, agora, não haverá mais informações concretas durante mais um tempo. “Tem sido assim, é muito obscuro. Temos familiares internados em outras instituições, e, até quando ela estava no Hospital de Campanha, boletins eram sempre constantes. Precisamos dessas informações”, concluiu.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o hospital tem mantido contato com familiares e realizado, inclusive, visitas guiadas.
Confira na íntegra:
A Gerência do Hospital da Mulher (HM), situado no bairro Poço, em Maceió, esclarece que a paciente Maria Aparecida da Silva Verçosa, de 52 anos, deu entrada na unidade hospitalar no último dia 23 de abril e, desde então, vem recebendo todos os cuidados necessários para a sua recuperação. Salienta que as equipes do Serviço Social e da Psicologia mantém contato diário com os familiares da paciente, seja com os filhos Bruno e Carla Bianca Verçosa, com a nora Jenifer e com a cunhada Socorro, além de realizar visitas guiadas, assegurando uma assistência humanizada, uma vez que, em razão da pandemia da Covid-19, as visitas presenciais estão suspensas para evitar a disseminação do novo coronavírus, conforme protocolo do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).