Os estudantes que ocupavam o campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Maceió deixaram a instituição na manhã desta segunda-feira (28), após ameaça de reintegração de posse autorizada pela Justiça e a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) em Alagoas. Os estudantes são contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que limita os gastos públicos. Atualmente, a matéria tramita no Senado Federal.
A reportagem foi até o campus, onde verificou que ainda havia poucos manifestantes no local, mas que já estavam de saída. Segundo informações de organizadores, uma comissão de estudantes viajou a Brasília para uma manifestação que havia sido programada.
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Após a desocupação, uma vistoria foi realizada nas dependências do prédio e constatou que não houve depredação do patrimônio. As faixas que comunicavam a ocupação serão retiradas ainda hoje e a limpeza dos locais ocupados será feita nesta terça-feira (29).
"Com a ida da caravana a Brasília e o boato de que a polícia chegaria com uma ordem de reintegração de posse, decidimos desocupar. Foi um momento de muito aprendizado, tivemos palestras, assembleias, mesas de conversa com professores e advogados. Acreditamos que esta ocupação fortalece e que, agora, estaremos mais presentes no corpo político da instituição", comentou o estudante do curso de Química do Ifal, Pedro Tavares.
Decisão judicial
A Advocacia Geral da União conseguiu na Justiça Federal o deferimento do pedido de reintegração de posse do campus do Instituto Federal de Alagoas em Maceió. Mesmo com a autorização, ainda não havia data específica para o cumprimento da decisão de forma prática.
A unidade esteve ocupada por estudantes por mais de um mês. Eles protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 que limita os gastos públicos. A matéria tramita no Senado Federal.
Sete campi do Ifal haviam sido ocupados. Além do campus Maceió, eles decidiram ocupar os de Satuba, Santana do Ipanema, Piranhas, Murici, Penedo e Marechal Deodoro. Este último foi desocupado no último dia 24.