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Estudante relata manchas na pele após socorrer tartaruga no Ceará

Universitária resgatou animal na Praia do Futuro, que no início do mês estava imprópria para banho, segundo Semace

Após ter resgatado uma tartaruga encalhada em Fortaleza, uma universitária relatou que ficou com manchas na pele devido ao contato com o mar e a areia da Praia do Futuro, um dos principais pontos turísticos da capital.

Adla Farah, de 27 anos, aluna do curso de medicina veterinária, acredita que o óleo espalhado pelo litoral do Nordeste pode ter provocado a reação alérgica.

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Ela conta que participou do resgate do animal em 26 de setembro. Depois de devolvê-lo ao mar, deitou na areia. Horas depois, percebeu o aparecimento de manchas por todo o corpo.

"Começou a coçar e não parava mais. Fiquei com o corpo todo 'embolotado', de alergia. Fui a dois médicos, tomei antialérgico por dez dias. Suspeito que foi o petróleo, pois não comi nada fora do normal, não fiz nada que não faço nos meus dias normais", relatou.

Adla disse que permaneceu cerca de cinco dias com os sintomas. "Não tem nenhum exame que possa comprovar [a causa da reação]. É tipo uma alergia, uma intoxicação. Nesse dia, não sabia direito a extensão do problema [do óleo no litoral]. Não fui mais na praia, desde então. Fiquei com receio", disse.

O relato de Adla coincide com o alerta emitido, dias depois, pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace): em 4 de outubro, uma semana após a estudante ter tido as reações na pele, a Praia do Futuro foi considerada totalmente imprópria para o banho, por ocorrência de óleo em praticamente toda a sua extensão.

Voluntários arriscam própria saúde

"Tristeza e resistência", foram os sentimentos do estudante Gabriel Chagas, 25 anos, quando viu as manchas de óleo atingir as praias de Fortaleza. O jovem, que atua como voluntário no Instituto Verdeluz desde 2014, esteve presente em duas ações de limpeza na Praia Porto das Dunas e na Praia do Futuro, na Grande Fortaleza.

Gabriel é um entre centenas de voluntários que improvisam equipamentos e arriscam a própria saúde para limpar as praias nordestinas, afetadas por uma mancha de petróleo cru que prejudica o litoral do Nordeste desde o início de setembro. Mais de 200 praias dos nove estados da região foram poluídas.

O G1 conversou com pessoas que estão dedicadas à limpeza das praias do Ceará, sem receber dinheiro ou recompensa pelo serviço. Elas acreditam que a preservação do meio ambiente e a redução do impacto ambiental recompensam o esforço e trazem retorno para todos.

Não foram esclarecidos quais danos à saúde humana as manchas podem causar, mas a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará orienta que as pessoas evitem o contato com o óleo para evitar riscos. Mesmo com equipamentos improvisados, os voluntários se dedicam à retirada das manchas.

Entre a fauna marinha, a poluição já causou a morte de vários animais no Ceará e no Nordeste.

Viagem para se voluntariar

Camila Rodrigues, de 30 anos, diz que o trabalho voluntário faz parte dos seus fins de semana. Quando não está trabalhando, ela está acompanhando as redes sociais de organizações não governamentais que tratam de questões ambientais e sociais. No domingo passado (20), Camila saiu da capital cearense para a praia de Barreiras, no município de Icapuí, no Litoral Leste do Ceará, para ajudar na retirada das manchas de óleo do local.

"Quando eu vi as imagens da contaminação do óleo nos outros estados do Nordeste, eu já ficava ansiosa pelo Ceará. A gente não tem escolha, todos temos o ímpeto de cuidar do que amamos. O que minha força física me permitir e minha saúde mental deixar, eu farei", ressalta.

Camila já tem o próprio equipamento de proteção individual para as intervenções. "Se eu estiver por perto, eu vou para lá; se eu não tiver as luvas, passo na farmácia rapidinho e compro aquelas branquinhas", revela. "Me envolvo de inspiração altruísta, e o resultado não podia ser outro: vontade de colaborar, de unir forças e fazer acontecer", conclui.

Adla Farah diz tem como motivação no trabalho voluntariado a conservação da natureza e dos animais. A estudante de medicina veterinária tem interesse, principalmente, nos seres marinhos. A jovem foi a responsável do Instituto Verde Luz por buscar a primeira tartaruga encalhada com manchas de óleo na Praia da Sabiaguaba, em 2 de setembro.

A limpeza das praias do Ceará está sob responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

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