A área com 'seca fraca' no Estado de Alagoas saltou de 29,22% para 57,31% entre os meses de julho e agosto, segundo o Monitor de Secas da Associação Nacional de Águas (ANA). É a segunda pior expansão da área no ano até agora, atrás somente da evolução que houve entre os meses de junho e julho.
Segundo o monitor, uma nova área de seca fraca surgiu no sul e leste do Estado de Alagoas, onde os impactos tendem a ser de curto prazo. A determinação do que é uma seca forte ou fraca varia de acordo com o observado nas regiões. Apesar do aumento da área, a severidade da seca se manteve igual no estado.
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Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nas unidades da Federação que compõem o Mapa do Monitor, exceto no litoral leste do Nordeste e em grande parte do Sul. Agosto é o último mês do período chuvoso no litoral nordestino, com valores de precipitação mensal acima de 150mm. No Sul, a precipitação esperada varia, em média, de 50 a 150mm.
As chuvas foram consideradas abaixo da média na faixa do litoral do Rio Grande do Norte até Alagoas.
O Monitor faz o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Em Alagoas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.