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Dois anos após morte, o túmulo de Rogéria continua sem lápide e sem nome

Nascida como Astolfo Pinto, ela é conhecida somo símbolo gay e militante contra a homofobia

O túmulo de um dos grandes nomes da TV brasileira, a atriz e cantora Rogéria, continua sem lápide e sem nome. A denúncia foi feita pelo G1, neste sábado (2), Dia de Finados. Nascida como Astolfo Pinto, ela é conhecida somo símbolo gay e militante contra a homofobia.

As imagens mostram apenas um bloco de concreto que não tem lápide e sequer o nome de identificação da personalidade brasileira, que morreu aos 74 anos, em setembro de 2017, e foi sepultada em Cantagalo, sua cidade natal.

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"Eles [Prefeitura] ficaram de fazer a lápide dela no cemitério, não fizeram. E eu não pude tomar providências quanto a isso, porque foi uma promessa do prefeito", disse Flavio Barroso, um dos irmãos de Rogéria.

Segundo Flavio, ver o túmulo da irmã do jeito que está o deixa triste. "Sinto uma dor profunda no coração por uma coisa que não foi cumprida", disse.

Uma moradora da cidade, que preferiu não se identificar, ficou indignada ao ver a situação do túmulo da artista.

"Sou munícipe e me envergonho com tanto descaso com alguém de relevância no cenário artístico nacional, que falou sempre com muito orgulho de nossa cidade. É assim que retribuiremos? Sem memória? Sem respeito?", disse.

O G1 aguarda resposta da Prefeitura de Cantagalo para saber se há previsão de investimentos no túmulo de Rogéria.

Nesta sexta (1º), o município disse à equipe de reportagem que, quando a artista morreu, foram prestadas as devidas homenagens, tendo sido, inclusive, velada no saguão principal da Prefeitura.

Centro Cultural

Na época, o município informou que também faria um Centro Cultural em homenagem à artista. Dois anos depois, a Prefeitura informa que o espaço está em fase final de construção.

O município disse que existem duas licitações agendadas para aquisição de equipamentos de som, iluminação, e poltronas para o Centro Cultural.

Para o vereador João Bôsco, de Cantagalo, o espaço deverá estar à altura da importância artística de Rogéria.

"Não é somente uma justa homenagem da terra natal à sua excepcional atriz, mas também uma importante iniciativa para fomentar o turismo no município", disse.

Filme

Nesta semana foi lançado o documentário: "Rogéria - Senhor Astolfo Barroso Pinto", que conta a trajetória da artista.

O filme, que começou a ser gravado quando ela ainda estava viva, reúne depoimentos de artistas brasileiros, como Betty Faria, Jô Soares, Bibi Ferreira e Aguinaldo Silva.

O longa trata ainda temas que vem sendo discutidos atualmente, como questões de gênero, preconceito e afirmação de direitos no país.

Trajetória da atriz

Rogéria começou a sua carreira como maquiadora da TV Rio e se intitulava como a "Travesti da Família Brasileira".

Em 1979, Rogéria o troféu Mambembe pelo espetáculo "O Desembestado", que fez ao lado de Grande Otelo.

A atriz ainda atuou em novelas como "Tieta", em 1989; Paraíso Tropical, em 2007; e viveu uma atriz de teatro em "Lado a Lado.

Para comemorar os 50 anos da carreira da atriz, Leandra Leal dirigiu o espetáculo "Divinas Divas", que conta trajetória das primeiras artistas travestis brasileiras

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