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Dia do Professor: Pandemia de Covid adoeceu profissionais em AL, dizem entidades

Segundo sindicatos, relatos de professores revelam dias de estresse para a categoria

A pandemia do novo coronavírus afetou, diretamente, os profissionais da Educação de Alagoas. Eles tiveram que se adaptar, transformar a própria casa em sala de aula, sob o olhar atento dos pais dos alunos e dos patrões. Os relatos que chegam aos sindicatos, no Dia do Professor, revelam meses de estresse para a categoria.

Para Fernando Cedrim, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas (Sinpro-AL), a profissão, que já era estressante, levou ao adoecimento de muitos trabalhadores. Não há estatística sobre o impacto na categoria, nesses últimos meses de pandemia, mas a entidade recebe, com frequência, queixas em relação à sobrecarga de trabalho.

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"Esse ano, com a pandemia, o professor teve de se reinventar. Teve essa proximidade com a tecnologia, com o audiovisual que não era prática do professor, e, ainda, teve de enfrentar o fato de quererem que seja reproduzido no virtual como se fosse uma sala de aula, que nós sabemos que é impossível. Com o tempo, isso foi causando muita pressão, uma cobrança excessiva por parte das instituições", explica o professor Fernando Cedrim.

"O professor passou por um momento muito difícil, porque ele foi aquele profissional que teve até a sua privacidade invadida. A escola, hoje, está dentro da casa do professor. Já tivemos relatos de instituições que reclamavam que o filho do professor estava atrapalhando a aula, mas a verdade é que a aula foi para dentro da casa do professor", explica o presidente do Sinpro/AL.

Cerca de 16 mil professores - do ensino básico e superior - atuam na rede particular de ensino. "Antes, quando terminava a aula, você ia para sua casa e tinha aquela tranquilidade. Hoje existe a cobrança de, além da transmissão da aula, às vezes ter de gravar material de suporte para aquela aula, gravar atividades complementares. O professor está trabalhando muito mais. Teve que conhecer uma área que não conhecia. O nível de estresse aumentou bastante e o resultado disso a gente vai ver lá na frente", lamenta Cedrim.

Na avaliação de Maria Consuelo Correia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), na pandemia, os profissionais estão sendo ainda mais cobrados. "A gente tem que bater palmas para os professores e as professoras, porque foi um momento de se reinventar, um momento de muitos desafios, e, ainda, há a situação da falta de reconhecimento, de desvalorização. Os professores têm o cuidado, o zelo com as crianças, é mãe, é psicóloga e assistente social na escola", diz.

Entre 10 a 11 mil professores atuam na rede pública estadual e cerca de quatro mil nas escolas de Maceió. "Esse período de pandemia está sendo adoecedor, porque, infelizmente, se cobra desses profissionais, mas sem garantir nenhum acréscimo no seu salário, pelo contrário, teve redução com a reforma previdenciária, tanto na rede estadual como na rede municipal. Não se garantiu estrutura, como crédito no celular e sem acesso a ferramentas. A gente não tem o que comemorar", detalha.

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