A determinação assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL/RJ), que culminou com a retirada de radares em rodovias federais em diversos estados, não deve afetar Alagoas. Isso porque, atualmente, o contrato dos 62 equipamentos de fiscalização eletrônica que operam nas rodovias federais que cortam Alagoas só vence em 2023.
Na determinação, Bolsonaro orientou que seja suspensa a instalação de novos sensores até a revisão e a atualização de critérios estabelecidos pelo Ministério da Infraestrutura. Em vários estados da Federação, os contratos dos radares venceram este ano e, após a determinação presidencial, não foram renovados.
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No entanto, de acordo com o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Alagoas, Fabrício de Oliveira Galvão, os contratos dos equipamentos que operam na BRs em Alagoas só vence em maio de 2023 e, diante disso, a fiscalização nas estradas federais segue normalmente.
O superintendente do órgão em Alagoas argumentou que os radares nas rodovias federais que cortam Alagoas foram instalados obedecendo todos os critérios técnicos que estão vigentes. "Temos equipamentos que evitaram muitas mortes, como o da ladeira de Atalaia e no trevo de Major [Izidoro] na BR-316", defende.
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, já defendeu na Câmara a decisão do governo federal de suspender o contrato de instalação de novos radares. "As vezes as decisões de onde colocar radar são tomadas de forma pouco técnica, o que a gente está trazendo é uma certa racionalidade para isso", afirmou o ministro.
Quando anunciou a medida, por meio das redes sociais, o presidente da República argumentou que o objetivo principal da instalação seria arrecadar recursos. Apesar do argumento de Bolsonaro, diversas entidades alertaram que a ato poderia provocar uma série de ocorrências, entre elas de acidentes com possíveis mortes.