O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) aguarda informações sobre as supostas vítimas do médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa para instaurar sindicância, que deve investigar o fato. Se houver indício de infração, a entidade abre processo contra o profissional que será julgado e decidida punição, que pode ir de uma advertência à cassação.
"Vamos instaurar sindicância, fazer a apuração e julgar o caso dele, mas preciso das informações do Ministério Público. Estamos encaminhando correspondência ao promotor para que ele informe quem são as vítimas, para que a gente convoque no conselho para que preste depoimento aqui", declara o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa.
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O médico foi detido nesta sexta-feira (29), após decretação da prisão preventiva e autuado na Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe.
Segundo informação do Ministério Público Estadual (MPE), o médico despia a vítima e após vestir uma luva em suas mãos. Adriano Antônio molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. A má conduta do médico teria sido relatada por três mulheres que o denunciaram e foram essas acusações que serviram de base para o MPE/AL ajuizar uma ação penal e pedir a sua prisão.
Após denúncia de crime de violação sexual mediante fraude proposta pelo promotor de justiça Ary de Medeiros Lages Filho, titular da Promotoria de Justiça de Passo de Camaragibe, o médico Adriano foi preso.
De acordo com o MPE, o promotor explicou que, pelo menos três vítimas, relataram o mesmo tipo de crime praticado por Adriano Antônio da Silva Pedrosa, tendo todos eles acontecido no posto de saúde de Marceneiro, povoado do município de Passo de Camaragibe.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que o médico Adriano Antônio deu entrada no fim da tarde desta sexta-feira no presídio Baldomero Cavalcante, onde deve ficar recolhido.