Integrantes do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e do Conselho Penitenciário de Alagoas realizaram inspeção no Presídio de Segurança Máxima - nesta segunda-feira (11) - unidade que registrou fuga em massa na semana passada. Na vistoria, foi constatada a superlotação na penitenciária e a necessidade de adequações como o reforço da quantidade de agentes penitenciários. O colegiado encontrou superlotação, já que a capacidade é de 700 presos, mas há 937 detentos.
"Fizemos a inspeção hoje de manhã e, agora, teremos dez dias para preparar um relatório. Tudo que a gente encontrou lá será colocado em discussão interna. Aproveitamos e vimos que precisa de uma série de ajustes naquela unidade. A gente teve a constatação da necessidade urgente de adequações, principalmente no reforço da segurança por agentes penitenciários, retirar mato que está em torno do presídio, onde pessoas podem ficar escondidas. Vimos também a necessidade de uma triagem melhor de presos", declara o presidente do Conseg, Antonio Carlos Gouveia.
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Os problemas encontrados na unidade prisional serão reunidos em levantamento que será encaminhado às autoridades. "Encontramos lá 937 presos, mas a unidade não comportaria mais de 700. O conselho entende que há um esforço da gestão para construir com um ambiente de ressocialização. O presídio de segurança está muito bem monitorado, há fiscalização e controle. O que precisa é um ajustamento e o conselho vai fazer a vistoria em outras unidades. A gente vai apresentar um relatório que será entregue ao secretário (Marcos Sérgio, da Ressocialização), do Ministério Público, ao governador para que as providências sejam tomadas", explicou Gouveia.
Na última quarta-feira, doze reeducandos fugiram do presídio, sendo onze deles recapturados horas depois.