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Conheça algumas histórias de mulheres que inspiram na Polícia Militar

Atualmente, a Instituição conta com 1.300 mulheres servindo na ativa, entre os quadros de oficiais e praças


				
					Conheça algumas histórias de mulheres que inspiram na Polícia Militar
Policiais Militares femininas se destacam na corporação. Divulgação

“Uma mulher, quando reconhece sua força, se torna uma fonte inesgotável de inspiração”. Assim como escreveu o jornalista e escritor Rafael Nolêto, a Polícia Militar de Alagoas está repleta de policiais femininas que inspiram por sua garra. E como tudo que é bom deve ser multiplicado, neste Mês da Mulher, divulgamos algumas das tantas histórias de guerreiras que se destacam por suas atuação na Corporação.

Para falar sobre a história das mulheres na PM-AL, voltamos ao ano de 1989, quando, em 28 de novembro, teve início a primeira turma de policiais femininas de Alagoas. Atualmente, a Instituição conta com 1.300 mulheres servindo na ativa, entre os quadros de oficiais e praças.

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É nesse contexto, onde o passado e presente se encontram, que nos deparamos com a 3º sargento Elizângela Correia e a soldado Elisa Correia, mãe e filha unidas pelo sangue e pelo amor à farda, passada por gerações. Resiliente como tantas mulheres, a sargento Elizângela nem sempre teve uma vida fácil. Da casa de taipa onde morava, a criança filha de família simples encarou com determinação as dificuldades para estudar, até concluir a faculdade de nutrição e, em 2010, entrou nas fileiras da Polícia Militar e escreveu uma história de superação, que inspirou a própria filha a seguir seus passos.

Após aprovada em concurso público, a soldado Elisa foi incorporada à PM-AL em 2018. Atualmente, mãe e filha atuam na mesma unidade, no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), onde, através de metodologias específicas e lúdicas, instruem crianças e adolescentes acerca da valorização da vida e da importância de se manterem longe das drogas e da violência.

Quando minha mãe foi chamada para o concurso da polícia, a nossa vida mudou bastante. Na época eu estava entrando na adolescência e pude crescer com essa imagem de inspiração, Ela me falava de suas histórias na Polícia Militar, o companheirismo dos colegas e, de forma não intencional, me levou a seguir os seus passos. Hoje estamos na mesma carreira e em alguns momentos temos a oportunidade incrível de trabalharmos juntas”

Elisa Correia - soldado da PM/AL

Do sonho à realidade

O amor pela PM pode vir de geração a geração, mas também pode nascer de um sonho. E foi dessa maneira que a 2° sargento Wanessa Neves conseguiu conquistar o seu objetivo de vida ao ser incorporada à Polícia Militar de Alagoas, em junho de 2002. Nascida e criada no interior, mãe de um filho de 13 anos e formada em Educação Física, há 21 anos a sargento Wanessa serve à Segurança Pública e à Corporação que sempre quis pertencer.

“Desde criança somos incentivadas a escolher uma profissão, seja médica, professora ou advogada. Quando crescemos, podemos decidir ser o que quisermos e eu escolhi ser policial militar; era um sonho. Aprendi a manusear uma arma de fogo, a valorizar o meu uniforme e, com muito esforço, conquistei a missão de proteger Alagoas”, comentou.

A sargento lembra que, por ser mulher, muitas pessoas duvidaram se ela conseguiria lograr êxito na profissão escolhida.

Muitas vezes fui questionada, desafiada e algumas pessoas duvidaram da minha capacidade. Mas hoje estou realizada por ter alcançado essa posição da qual sinto tanto orgulho. Assim como eu, minhas superiores e colegas de trabalho também passaram por momentos desafiadores, principalmente aquelas que são mães, esposas e que precisam conciliar diversos turnos entre sua jornada de trabalho e sua vida particular. Mas todas nós vencemos. Ver o empenho dessas profissionais e tê-las como exemplo é algo que me alegra, pois tive a oportunidade de trabalhar com várias dessas mulheres empoderadas, cheias de disciplina, garra e conhecimento”

Wanessa Neves - sargento da PM/AL

Nas alturas

Atualmente, o Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública (SSP) conta com duas polícias militares em seu efetivo operacional. A capitã Larissa Porciúncula, pilota de helicóptero, e a cabo Fabiana Yasmine, que ao finalizar o Curso de Operador Aerotático (Coat) se tornou a primeira mulher a concluir o estágio de Caatinga da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac), da PM de Pernambuco - uma das etapas do 5° COAT.


				
					Conheça algumas histórias de mulheres que inspiram na Polícia Militar
Mulheres também estão presente no grupamento aéreo da PM/AL. Cortesia

“É uma honra ser PM e operadora aerotática no Comando de Aviação do Estado de Alagoas. Realizar este sonho me enche de orgulho, pois tenho a oportunidade de servir à sociedade alagoana durante as missões. O treinamento árduo e técnico que recebemos nos prepara para proteger e salvar vidas, e essa responsabilidade é o que mais me motiva. Espero, também, que mais mulheres se juntem a nós no serviço aéreo, contribuindo para um futuro mais diversificado e eficiente em prol da segurança e bem-estar da nossa comunidade”, reforçou a cabo Yasmine.

Força da sertaneja

Engana-se quem pensa que o Sertão é somente terra de homem valente. Na Companhia Independente de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes) uma militar destemida se destaca: a soldado Amanda de Oliveira, que com sua garra e determinação foi a primeira mulher de Alagoas a se formar em um Curso de Choque. A militar participou da 4ª edição do Curso de Operações de Choque (COC), da PM de Sergipe, que contou com a participação inicial de 49 alunos, mas apenas 21 concluíram o curso.

Para a soldado Amanda, ser uma operadora de choque sempre foi um grande desejo, e para isso, a militar se preparou tanto fisicamente quanto psicologicamente para as adversidades que ela iria enfrentar. Sem conhecer ninguém, sendo a única policial de outro estado e tendo apenas duas mulheres em um turno com 45 alunos, o objetivo da Amanda era apenas um: vencer.

“Na cor diferente do uniforme e na bandeira que carregava, sabia que enfrentaria muitas dificuldades e muita pressão psicológica. O esforço físico chegou ao extremo, mas eu tinha uma força superior a mim, que não me fazia desistir. Foram 45 dias de intenso conhecimento e de muito suor, luta, noites sem dormir, sol e chuva. A cada dia que se passava sabia que era menos um e que estaria mais perto do fim, mas eram infindáveis dias e a saudade de casa, do conforto, da comida, da cama quentinha maltratava muito. Mas como o propósito era um só eu só tinha uma única opção que era encarar as dificuldades e vencer, mesmo sendo ‘estrangeira’ e mulher”, destacou a soldado.

O COC é um curso rústico e exige bom preparo físico e psicológico. Os alunos são testados ao limite. Mas com a força de vontade, garra e fé, Amanda alcançou o seu objetivo. “Consegui vencer e ser honrada com o Elmo 24, deixando minha marca e um legado no Batalhão de Choque da coirmã PMSE. E a certeza de que, ser a primeira choqueana de Alagoas abrirá os caminhos para que outras mulheres que sonham em fazer um curso de choque possam ir em busca dessa realização. Nada é impossível quando se tem o objetivo da vitória”, enfatizou.


				
					Conheça algumas histórias de mulheres que inspiram na Polícia Militar
Mulheres da PM inspiram não só colegas de farda, mas toda a população. Cortesia

Mulheres na Saúde

Quando as pessoas falam sobre policiais militares, na maioria das vezes remetem àquela pessoa que está para servir e proteger a sociedade. Mas quem cuida desses heróis? A PM-AL conta com uma Diretoria de Saúde e um Centro de Assistência Social voltado para amparar os militares e seus dependentes. E quando se trata de mulher, não poderia deixar de falar da coronel Joana d’Arc, subdiretora de Saúde da PM, primeira mulher a chegar na ativa ao posto de coronel. A oficial do Quadro de Saúde da Briosa é enfermeira e foi fundamental na época da pandemia da Covid 19. Com certeza muitas vidas foram salvas graças aos seus esforços junto à Diretoria de Saúde.

"Sou mulher, enfermeira e policial militar e como diz aquela frase 'quando fazemos o que amamos, não trabalhamos um dia sequer'. Ser enfermeira na PM é unir o desejo com o dom que recebemos. A enfermagem é o sinônimo de doação ao próximo. São décadas de amor e dedicação a serviço da Corporação. Hoje posso dizer que sou totalmente realizada profissionalmente Comecei como aspirante a oficial e hoje, com quase 32 anos na Instituição, sou coronel do Quadro de Saúde", ressaltou a subdiretora.


				
					Conheça algumas histórias de mulheres que inspiram na Polícia Militar
Além das missão nas ruas, policiais militares também arrumam tempo para participar de competições esportivas. Cortesia

Medalhistas

Uma tradição que já foi estabelecida nos Jogos dos Servidores de Alagoas é que as mulheres da PM são as competidoras a serem batidas. Na última edição, em 2023, as atletas da Corporação conquistaram medalhas em todas as modalidades esportivas, tanto nas categorias de equipe, quanto nas individuais.

Mas como disse a escritora francesa Simone de Beauvoir “todas as vitórias ocultam uma abdicação”. Ser mulher e policial não é sempre fácil. Muitas das militares vão para os seus serviços e deixam filhos em casa, familiares preocupados e até mesmo a jornada dupla de cuidar de um lar.

Reconhecendo a importância e o grande valor que essas mulheres têm para a Caserna, o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, deixou uma mensagem de agradecimento especial para essas mulheres de fibra.

“A nossa Briosa Corporação é repleta de mulheres honradas, que não titubeiam frente às adversidades inerentes da atividade policial. Guerreiras que muitas vezes precisam conciliar serem militares e mães, e mesmo assim, executam ambas as funções com excelência. Atualmente a PM de Alagoas conta com mais de mil mulheres que estão empenhadas em trazer segurança para a nossa sociedade, mas não podemos esquecer das veteranas que abriram espaço para as mulheres ocuparem e se estabelecerem na caserna. Quero parabenizar a todas as mulheres, especialmente às nossas militares veteranas”, enfatizou o comandante-geral.

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