A bandeira 2 praticada em dezembro nos táxis alagoanos pode estar ameaçada este ano. O motivo seria a concorrência com os aplicativos, em especial o Uber. O assunto foi proposto na quinta-feira (16), em uma reunião da diretoria do Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sindtaxi) e ainda será levado para discussão junto aos motoristas.
Segundo o presidente da entidade, Ubiraci Correia, a medida teria em vista amenizar a "crise pela qual passa a categoria". "Estamos enfrentando os aplicativos, que não foram regulamentados. Depois têm os carros particulares fazendo lotação e tudo isso acaba afetando o faturamento. O prejuízo já chega a quase 50%".
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O Uber, diz ele, é o que mais tem afligido. "A possibilidade de não ter a bandeira 2 tem muito a ver com o Uber, por causa do preço. A população aceita e quer mais saber de preço e não se está regularizado. As pessoas deixam a segurança de lado nesses casos. O preço deles é muito baixo para conseguirmos concorrer", aponta.
A medida, porém, ainda será levada para uma consulta aos taxistas. Ubiraci afirma que a partir da próxima segunda-feira pretende percorrer os pontos de táxi para saber o que os trabalhadores pensam a respeito da questão. Depois, ela precisará ser colocada em votação em uma assembleia.
"Preciso ouvir, a partir de segunda, os taxistas e fazer uma assembleia geral, publicada no Diário Oficial, colocando essa pauta em votação", ressalta. "Acredito que a tendência é de se aceitar, mas preciso ouvir as pessoas, porque sempre há aqueles que não querem. Para saber o que será feito, só depois da votação".
A bandeira 2 possui uma tarifa em média 25% maior que a normal. "Tem gente desinformada que acha que é o dobro, mas não é e acaba dificultando ainda mais", diz o presidente, acrescentando que, no final do ano, ela é aplicada de 6 de dezembro a 6 de janeiro. O valor diferenciado também costuma ser cobrado à noite e aos finais de semana.
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