Após a decisão dos militares de deflagrar uma "Operação Padrão" a partir das 19h da próxima sexta feira (13), o comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, disse que não irá admitir radicalização ou indisciplina por parte os PMs que aderirem ao aquartelamento.
Em nota oficial emitida nesta quarta-feira (11), o coronel afirmou também que será realizada uma reunião com a presença do governador Renan Filho e os titulares da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), para avaliar as reivindicações das categorias.
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Os servidores decidiram pelo aquartelamento por não terem sido atendidos por Renan Filho durante a mobilização que ocorreu hoje. Eles exigiram a presença do gestor e se negaram a dialogar com qualquer outro representante do governo.
O oficial afirmou que as negociações por parte do governo nunca foram encerradas e que é preciso serenidade para discutir as questões. "Que o consenso predomine e resulte na melhor solução, sem prejuízdos nas atribuições constitucionais das tropas militares de proteger o cidadão alagoano e preservar a ordem pública", disse em nota.
No centro da discussão da paralisação dos militares está o realinhamento salarial dos oficiais. De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados, cabo Wellington, a categoria quer a isonomia do teto dos coronéis, equiparando o valor ao dos delegados - que, hoje, recebem salário de R$ 29 mil - e permitindo o escalonamento, a partir deste teto, até os oficiais de posto mais baixo na corporação.
Cronograma
Conforme o cronograma aprovado pelos militares, a categoria pretende parar a Força Tarefa a partir de 0h desta quinta-feira (12) e fazer acampamento em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Já na sexta-feira (13), ficou decidido que a tropa vau aquartelar a partir das 19h, pelo período de 24h, interditando o Porto de Maceió e a retirada da brigada de incêndio do Corpo de Bombeiros do Aeroporto Zumbi dos Palmares, entre outras ações.