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Cirurgião geral lança livro após fazer mais de mil transplantes de fígado

Equipe transplantou órgão em cerca de 260 alagoanos no Recife; 'Acorde o governador' reúne histórias marcantes

Mais de mil transplantes de fígado já realizados em todo o país por uma única equipe, liderada pelo médico cirurgião geral Cláudio Lacerda. O especialista veio a Alagoas e esteve naRádio Gazeta, na manhã desta sexta-feira (12), para falar sobre o livro "Acorde o governador", que está sendo lançado e narra várias histórias marcantes, dentre elas, a de uma menina alagoana de apenas 4 anos, que conseguiu um transplante depois de muita luta de uma médica pediatra. A criança e outros 260 pacientes alagoanos foram transplantados no Recife.

Em entrevista ao programa Ministério do Povo, Cláudio Lacerda citou que o livro reúne um conjunto de crônicas com histórias impressionantes, fruto de um trabalho de 16 anos. A equipe comandada pelo médico é pioneira em transplante de fígado no Nordeste. Muitos profissionais "não acreditavam que isso poderia dar certo. Diziam que era delírio", disse ele.

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"Pernambuco foi um dos primeiros estados do Brasil a transplantar fígado. Porém, o número de alagoanos já transplantados no Recife é muito pequeno. Observamos uma realidade crítica aqui no estado, porque quase todos os fígados são desperdiçados. A última vez que viemos pegar um foi há dez anos", relatou Cláudio, acrescentando que os modelos de transplante deveriam ser copiados, o que não acontece em vários estados, "devido à má gestão, desvio de verbas e descompromisso da própria classe médica".

"É preciso acordar todo mundo. Além disso, não adianta só cuidar do fígado, temos que cuidar de sua integridade, afinal de contas, de que maneira o paciente vai ficar no Recife esperando o órgão?", questionou Lacerda, que é chefe do Serviço de Cirurgia Abdominal e Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco.


				
					Cirurgião geral lança livro após fazer mais de mil transplantes de fígado
FOTO: Reprodução

A obra

O livro "Acorde o governador" abrange 40 crônicas que narram histórias emocionantes de transplantados. O título do exemplar destina-se a uma menina de apenas 4 anos, paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), que estava internada em um hospital em Maceió e foi submetida a um transplante de fígado depois da intervenção de uma pediatra.

"Tudo começou no Recife, há uns dez anos, quando uma menina foi vítima de bala perdida e teve morte encefálica. Em um gesto de humildade, apesar da dor, a família decidiu doar os órgãos. Através da lista de compatibilidade de doadores, identificamos a pediatra da paciente internada aqui na capital e ligamos na madrugada, para tentar a transferência da garotinha. A médica foi muito atenciosa e disse que seria difícil porque ela estava entubada, mas que iria correr atrás. Esta médica precisou dizer a um funcionário do gabinete 'acorde o governador' porque ele não queria disponibilizar o helicóptero para a transferência. Depois de muita insistência, ela conseguiu falar com o governador e a menina foi transferida e transplantada", relatou Cláudio.

A hepatologista Leila Tojal também falou sobre a importância dos transplantes, principalmente em Alagoas, onde o número de doadores é escasso. Para ela, a vinda do médico Cláudio Lacerda deve ser um marco para que ocorra a captação dos fígados e outros órgãos no estado.

"A central de transplantes não tem acionado Pernambuco e, com isso, muitos fígados são desperdiçados, além de outros órgãos. Como consequência, inúmeros pacientes que esperam na fila acabam morrendo. Quero ressaltar que Cláudio está disponível para ir onde o fígado está, levá-lo para Recife e transplantar. Não se admite mais que Alagoas não envie os órgãos para transplante. Quantas mortes encefálicas por acidentes de trânsito aconteceram, e os órgãos não foram aproveitados? É preciso uma consciência da nossa secretaria de estado, município. É preciso a busca ativa nas UTIs, um trabalho contínuo", destacou Leila.

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