O total de casos confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana em Maceió cresceram 200% entre os anos de 2020 e 2021, quando todo o estado alagoano passava por picos da pandemia de Covid-19. Os dados foram enviados à Gazetaweb, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta quinta-feira (11).
Segundo o levantamento, a capital registrou dois casos em 2020, passando para seis em 2022. Ou seja, o total mais que dobrou durante o período da pandemia.
Ainda de acordo com os números, até o momento, somente um casos foi confirmado entre janeiro e julho de 2022, em Maceió.
A Leishmaniose é uma zoonose endêmica, que é transmitida ao homem pela picada de fêmeas de Lutzomyia longipalpis infectadas pelo protozoário Leishmania infantum. No meio urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.
Diante disso, no mesmo período analisado, 22 cães foram contaminados pela doença. O número saltou para 120 no ano seguinte, mantendo a mesma linha de aumento de casos em humanos. Nos animais, o crescimento foi de mais de 445%. Até julho de 2022, 38 cães foram infectados.
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Sintomas da Leishmaniose
Nos animais, a Leishmaniose apresenta os seguintes sintomas: febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea, úlceras na pele (em geral no focinho, orelhas e extremidades), conjuntivite, paresia do trem posterior, crescimento exagerado das unhas, coriza, diarréia, hemorragia intestinal, edema de patas e vômito.
Já os humanos podem apresentar febre duradoura (de 10 a 15 dias), anemia, perda de peso e fraqueza. Caso a doença chegue a um grau mais avançado, a pessoa infectada por ter expansão do fígado e do baço.