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Casos confirmados de dengue aumentam quase sete vezes em Alagoas

Levantamento mostra que 90% dos registros ocorreram dentro de residências no estado; especialistas alertam para riscos da doença

O número de casos confirmados de dengue em Alagoas aumentou pelo menos seis vezes entre janeiro e abril de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde e apontam que a maioria dos casos de contaminação ocorre em casa.

De acordo com o coordenador das ações de controle do Aedes aegypti de Maceió, Erivaldo Raimundo, o mosquito, na capital, está “morando”, literalmente, “dentro da casa do maceioense”.

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O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti LIRA) aponta que a maioria dos focos do mosquito está mesmo nas residências e ao redor delas.

“Hoje, Maceió tem um problema sério. Chegando o resultado do segundo Lira 2022, percebeu-se que a maioria dos focos, 90%, foi dentro do domicílio e peridomicílio, ou seja, o mosquito está morando com a gente, e a gente precisa evitar que o mosquito nasça. E como evita? Evita água parada para ele. Temos, sim, o problema de terrenos baldios e construções, mas pelo LIRA, que dá o norte ao Ministério da Saúde, 90% dos casos foram em residências”, explica Raimundo.

Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e abril de 2021, foram confirmados 421 casos de dengue em Alagoas. No mesmo período de 2022, o número cresceu quase seis vezes: foram confirmados 2.870 casos. Não há confirmações de óbitos pela doença.

“Dizem que a dengue está voltando, só que a dengue nunca parou. Os casos estavam acontecendo, mas houve subnotificação na pandemia. Hoje há aumento de notificação e de casos”, explica Erivaldo Raimundo. Segundo ele, as pessoas afrouxaram ações de controle, como inspeção nas próprias residências. As equipes têm encontrado nas residências muitos focos do mosquito em plantas com água, a exemplo das bromélias.

“Cem por cento das larvas encontradas em bromélias estão sendo positivas. A gente precisa encontrar uma forma de evitar que esse depósito natural sirva para proliferação. Tem que ter a manutenção, trocar por plantas que não acumule água”, orienta. Raimundo atribui parte dos resultados à negativa da população em receber os agentes de endemias em casa.

“Hoje temos um índice de pendências muito alto em Maceió. Pendências são as casas que estão fechadas ou que as pessoas não recebem os agentes de endemias para as orientações. A gente apela para que a população receba os agentes, siga as orientações que passamos ao adentrar nos imóveis e encontrar irregularidades. A nossa visita não é punitiva, é de orientação. Então a população precisa nos receber”, expõe.

MERCADO

Ontem a coordenação de ações de controle do Aedes aegypti foi ao Mercado da Produção, na Levada. No local foram encontrados diversos focos, larvas e o mosquito da dengue adulto. Somente em um ponto comercial, havia 5 pontos de concentração de água parada em baldes, barris e caixas d’água com larvas do mosquito.

Em demonstração com um barril que estava cheio de água parada e descoberto em um ponto comercial, o coordenador orientou que, além de retirar a água parada, a população crie o hábito de escovar as paredes dos depósitos. Ele explica que só jogar a água fora e reutilizar o recipiente, se ele não estiver realmente limpo, não combate o mosquito.

“O mosquito tem o hábito de fazer a reposição em depósitos. Ele não põe os ovos diretamente na água, e sim na parede do depósito. Esses ovos ficam postos na parede e se tiver água, com sete dias ele faz a transformação de ovos para larvas e depois em mosquito. Se esses ovos permanecerem aqui, eles têm um tempo de vida de até de 400 dias, mais de um ano. Se esse depósito viaja para qualquer lugar, qualquer bairro, os ovos viajam e, na medida em que ele for reutilizado e colocado água nele, os ovos irão eclodir e se transformar em larva e posteriormente em mosquito”, explica.

Durante a fiscalização no Mercado da Produção, as equipes identificaram larvas, mosquitos, trataram a água e orientaram os comerciantes sobre os cuidados necessários para evitar que a casa seja um lugar propício à reprodução do mosquito.

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