Os policiais militares apontados como culpados pela morte da soldado Izabelle Pereira dos Santos foram ouvidos em audiência de instrução na última terça-feira (13), na 13ª Vara Criminal no Barro Duro, em Maceió. Os pais da vítima, duas testemunhas e o motorista da viatura em que Izabelle trabalhava na noite em que morreu também foram ouvidos.
A audiência, conduzida pelo juiz José Cavalcanti Manso Neto, foi suspensa após o promotor e a defesa da acusação pedirem um prazo de cinco dias para a retomada da sessão. Por conta da decisão, não foi definido se o comandante da guarnição, J Rogério, e o colega de farda que estava no veículo na hora da morte, Jackson Lima, serão ou não levados a júri popular.
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Izabelle Pereira dos Santos recebeu 17 disparos de metralhadora em agosto de 2014, quando trabalhava numa viatura acompanhada de três colegas. A soldado foi atingida nas regiões do braço, axila e adômen. À época, os militares que estavam na viatura com a vítima contaram que a arma, que estava posicionada no chão da viatura e travada, disparou acidentalmente.
Em fevereiro de 2015, os dois policiais foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Anteriormente, uma audiência de instrução foi cancelada pelo juiz da 13ª Vara Criminal da Capital, que seguiu a orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina que a etapa de interrogatórios só aconteça ao final dos processos penais, incluindo os de âmbito militar.