A Campanha de Vacinação contra o Sarampo, programada para ser encerrada nesta segunda-feira (31), foi prorrogada até 31 de outubro. Em Alagoas, das 1.395.727 pessoas entre 20 a 49 anos que devem ser imunizadas, apenas 399.630 procuraram os postos de vacinação até esta sexta-feira (28), o que corresponde a 28,63% do público-alvo. A prorrogação, em todo o Brasil, se deu justamente por causa da baixa adesão.
Conforme o Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina está disponível nos postos dos 102 municípios alagoanos. A recomendação é que, independente de já ter se vacinado, é necessário tomar a vacina disponibilizada na campanha, excetuando-se quem se imunizou nos últimos 30 dias.
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De acordo com a assessora do PNI em Alagoas, Denise Castro, a adesão à campanha de vacinação é imprescindível, com o intuito de evitar um surto de sarampo. Isso porque, há 20 anos o Estado não registrava casos da doença, mas, foram notificados 35 em 2019 e quatro no primeiro semestre deste ano.
Denise Castro ressalta que os infectologistas alertam que o sarampo, causado pelo vírus Measles morbillivirus, pode deixar sequelas como cegueira e surdez, pode ser fatal. "A transmissão ocorre quando a pessoa doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas, sendo a vacina a única forma de prevenção e os principais sintomas são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz entupido e mal-estar intenso, além de manchas pelo corpo", enumera.
Precaução e Contraindicação
]Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é contraindicada para gestantes e, por precaução, pessoas comprovadamente portadoras de alergia à proteína do leite de vaca (APLV), ao invés de receberem a dupla viral e a vacina tríplice viral do laboratório Serum Insititute of India, devem ser imunizadas com a vacina tríplice viral dos laboratórios Bio-Manguinhos ou MSD.
Entretanto, as pessoas com história de reação anafilática sistêmica após ingestão de ovo, a exemplo de urticária generalizada, hipotensão e obstrução de vias aéreas superiores ou inferiores comprovadas, também têm restrições. Nestes casos, a vacina deve ser aplicada em ambiente hospitalar com condições adequadas de atendimento de urgências emergências ou no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).