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Bombeiros registram mais de 200 ocorrências com abelhas em quase três meses

Primavera é estação propícia para proliferação da espécie; especialistas alertam para cuidados com o inseto

Do início do mês de agosto até esta quarta-feira (18), o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM), registrou 218 ocorrências de vistorias e capturas de abelhas e similares. Só no mês de outubro, 81 atendimentos foram registradas em todo o estado. A explicação é que durante a primavera - época em que as temperaturas aumentam e várias espécies de plantas florescem - a maioria das espécies de abelhas saem para identificar onde estão as flores e adquirir o néctar, aumentando a circulação dos insetos.

O biólogo Carlos Fernando Santos explica que o aumento no número de registros envolvendo a aparição é normal durante esta época. São os períodos de movimentação das abelhas, quando elas saem dos lugares com pouco alimento e, ao localizar as flores, os insetos voltam para a colmeia, fazem uma espécie de "dança" e passam as coordenadas da localização das flores para as outras abelhas. 

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De acordo com Carlos, em Alagoas, a espécie de abelhas predominante é a "africanizada" - Apis melífera -, que tem aparência padrão: corpo preto e listras amarelas no abdômen. Elas são consideradas muito perigosa, pela quantidade de picadas durante ataques. A espécie foi trazida para o Brasil para a produção de mel na década de 80 e, estudos apontam que mata, em média, cinco pessoas, com mais de dois mil acidentes registrados, todos os anos.

Alguns locais são propícios para um enxame de abelhas, mas cada lugar possui características que irão atrair específicos tipos da espécie. O biólogo explica que algumas abelhas se concentram e se alimentam na ceiva do mangue, outras em locais mais secos. 

O Corpo de Bombeiros explica que as capturas de abelhas só são realizadas durante à noite. Nos casos em que elas estão em trânsito, é feito o isolamento do local e a equipe aguarda que os animais se acalmem e entrem na colmeia para, então, fazer a retirada. 

Tratamento

Para evitar problemas, o infectologista Fernando Maia explica que a conduta correta ao encontrar um ninho de abelhas é deixar a colmeia quieta e entrar em contato com o Corpo de Bombeiros. "Não tentar espantá-las de qualquer forma, pois pode deixar elas estressadas, o que é muito perigoso", disse. 

O médico alerta que em caso de picada, o ferrão da abelha não deve ser arrancado e sim raspado. "O ferrão fica grudado na pele junto à glândula do veneno. Se for puxado, o veneno ficará dentro da pessoa", explica. Ele salienta que em caso de dúvida, a melhor opção é entrar buscar atendimento médico. 

Para causar morte, é necessário uma grande quantidade de picadas para espalhar o veneno da abelha pelo organismo do paciente. Ou em casos de alergia. 

"Quanto menor o peso corporal, mais grave, por isso em crianças os casos de picada são mais perigosos", justificou. Em caso de 10 ou mais picadas, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico para uma avaliação. 

Para a picada de abelha, não há um antídoto, como no caso de picada de cobra, quando é aplicado o soro antiofídico. "A tratamento é sintomatológico, com antialérgicos, mas não existe um remédio específico". 

Dicas de Segurança

  • Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo a colmeias;
  • Evite operar qualquer máquina barulhenta próximo a colmeias;
  • Examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados;
  • Ensine as crianças a se precaverem e não mexerem com as abelhas;
  • Pergunte ao seu médico sobre o que fazer caso você seja alérgico a picadas;
  • Ao ficar diante de um enxame de abelhas, a pessoa deve correr em zigue-zague, pois os insetos deslocam-se juntos em linha reta;
  • Se for atacado, proteja das picadas o pescoço e o rosto, com a ajuda de uma camisa ou outra vestimenta;
  • Pessoas alérgicas a picada de insetos devem evitar caminhadas em áreas de mata, pois para quem é sensível ao veneno da abelha, apenas uma picada pode ser suficiente para gerar um choque anafilático;

Caso perceba a formação de um enxame, a população pode chamar o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193, que acionará os militares para fazer a captura das abelhas.

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