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Bebê sem imunidade por causa de doença consegue medula nos EUA

Transplante deve acontecer na sexta-feira (24), em São Paulo

Portador de uma doença rara, o pequeno Enrico Fonseca Rocha, de apenas cinco meses, finalmente encontrou um doador de medula óssea. Ele nasceu com uma imunodeficiência combinada grave (SCID) e corria contra o tempo já que o transplante é o único tratamento eficaz para o caso dele, segundo os médicos.

A mãe Camila e o marido, Diogo de Almeida Rocha, de 35 anos, são de Santos, no litoral de São Paulo, mas o casal se mudou para Porto Alegre após receber uma oportunidade de trabalho. Quando Enrico nasceu, no dia 6 de agosto de 2019, ele estava com a temperatura do corpo baixa e levou mais de 40 minutos para normalizar.

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"No hospital falavam que era normal. Ele ficou muito vermelho e onde encostava ficava branco. Assim que mamava, fazia muito cocô e vomitava todo o leite. Mesmo assim, todo mundo dizia que era normal. Acabamos indo para Santos, porque meu marido tinha um congresso, e o Enrico começou a passar muito mal. Levei no hospital e o médico disse que era uma tosse alérgica", disse Camila, em sua primeira entrevista ao G1, em novembro de 2019.

Após receber diagnósticos errados e passar por diversos hospitais, em outubro, Enrico foi transferido para um hospital em São Paulo e a família descobriu que ele tinha imunodeficiência combinada grave.

Segundo o médico e professor de Infectologia do curso de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Edgar de Bortholi, a doença é genética e o único tratamento eficaz é o transplante de medula, para recolonizar as células que protegem o organismo.

"Quando o sistema imunológico é íntegro, que chamamos de imunocompetente, o indivíduo tem uma resposta imunológica efetiva. Quando a criança nasce com alguma alteração, chamamos de imunodeficiência primária. Isso é grave, porque ela está aberta para todos os processos infecciosos que possam acontecer", explica o médico.

Em busca do doador

Os pais do menino e a filha do casal, Maria Eduarda, de dois anos, fizeram o teste de compatibilidade. Todos foram apenas 50% compatíveis com Enrico. Por isso, o menino entrou para o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME), um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para agilizar o processo de busca de doadores.

No dia 1 de janeiro de 2020, a família recebeu a notícia de que havia dois doadores compatíveis. "Em duas semanas acharam dois doadores 100% compatíveis. Um nacional e outro internacional. O internacional tinha tudo o que os médicos precisavam e, então, confirmaram o internacional. A sensação foi inexplicável. Foi como se meu filho estivesse renascendo naquele dia", conta Camila, mãe do menino.

Preparação

A família não tem acesso aos dados do doador, eles sabem somente que ele não é do país. Segundo Camila, a pessoa já foi contatada, nos Estados Unidos, e passa pelos exames necessários para poder fazer o procedimento. O doador não precisará vir para o Brasil, apenas a medula.

Enrico também está passando por uma bateria de exames necessários para a realização do transplante. Antes da cirurgia, ele tem que fazer quimioterapia para poder receber a nova medula e as sessões devem começar neste domingo (19).

O transplante está marcado para o dia 24 de janeiro, no hospital Samaritano, em São Paulo. A família está vivendo na capital paulista desde a descoberta da doença, já que todos os procedimentos precisam ser feitos na Cidade. Para conseguir seguir com o tratamento, transplante e medicação, a família arrecada dinheiro por meio de uma vaquinha virtual.

Após o transplante, Enrico terá seis meses de acompanhamento médico e avaliações para ver se a medula se adaptará ao seu organismo. Ele também deve passar por fisioterapia. A família terá que ter alguns cuidados logo após o transplante, como o uso de máscaras e pouco contato com outras pessoas.

Camila diz que Enrico já teve uma série de complicações de saúde e confessa que, por duas vezes, pensou que o perderia. Ela diz que Enrico a ensinou a ser forte e, hoje, ao saber que há um doador 100% compatível, o coração da mãe se enche esperança. "É alegria, felicidade, alívio, medo do que ainda temos pela frente e uma mistura de sentimentos", diz ela.

Ela acredita que o longo caminho de luta pela vida do filho terá um final feliz muito em breve e, isso, graças ao doador anônimo. "Deve ser alguém muito bom para querer salvar a vida de uma criança. É um gesto muito nobre. Mesmo sem saber quem é, de onde é, sou muito grata a esse anjo. Desejo que Deus devolva em dobro o bem que ele ou ela está fazendo para a minha família. Ele nasceu no dia 6 de agosto e irá renascer no dia do transplante. Teremos duas datas para comemorar", finaliza.

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