Dados divulgados nesta terça-feira (19), pelo Ministério da Saúde (MS), mostram a doença leishmaniose tegumentar, que se caracteriza por feridas na pele, atinge mais indígenas de 50 anos ou mais em Alagoas. O panorama - divulgado no Dia do Índio - chama atenção para execução de políticas públicas de saúde voltadas para a população indígena.
Segundo os dados, pelo menos 57,1% indígenas foram acometidos pela doença no estado. Além de Alagoas, o Piauí e o Mato Grosso do Sul também registraram a prevalência de casos da leishmaniose tegumentar no público com mais de 50 anos.
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Entre os indígenas, segundo dados do Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (Sinan), no período de período de 2015 a 2019 foram confirmados 3.092 casos, o que representa 3,8% do total de casos contabilizados em todo o país (81.529). A autoctonia da doença na raça indígena foi confirmada em 21 estados das cinco regiões brasileiras.
Quanto aos casos de leishmaniose visceral, o estado alagoano contabilizou mais casos entre as mulheres. Entre os indígenas de todo o país, os casos predominaram no gênero masculino (58,2%). Os estados do Tocantins (60%) e Mato Grosso (80%) também registraram mais casos no gênero feminino.
O Governo Federal informou que atende a mais de 779 mil indígenas, pertencentes a 305 etnias, que falam 274 línguas diferentes e vivem em mais de seis mil aldeias. As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), são compostas por médicos, enfermeiros, odontólogos, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, técnicos em enfermagem, técnicos e auxiliares em saúde bucal, agentes indígenas de saúde e agentes indígenas de saneamento.