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Auditoria aponta que falta dinheiro e pessoal para fiscalizar barragens em AL

Coordenação estadual do Dnocs, por exemplo, não possui nenhum engenheiro no seu quadro de servidores, segundo levantamento feito pelo TCU

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) verificou problemas na governança e gestão de barragens por todo o País. Em Alagoas, odocumentoaponta que falta dinheiro e pessoal para a fiscalização dessas estruturas no estado: a coordenação local do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), por exemplo, não possui nenhum engenheiro no seu quadro de servidores. A situação é semelhante a de Sergipe, onde a coordenação estadual também não tem sequer engenheiro para fiscalizar as barragens.

A auditoria operacional do TCU teve por objetivo avaliar a gestão de segurança das barragens de usos múltiplos sob responsabilidade do Dnocs e da Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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Como possíveis causas dos acidentes das barragens, a fiscalização do TCU sobre a atuação de 31 entidades fiscalizadoras apontou haver baixa execução orçamentário-financeira nos diversos estados. "Com recursos escassos, percebeu-se a inadequação do dimensionamento dos recursos humanos qualificados, além da ausência de treinamentos internos específicos", diz a auditoria.

Um dado que chama a atenção no documento, ainda sobre Alagoas, é a estimativa de gastos para aplicação de questionário e levantamento topográfico. Segundo a coordenação estadual do Dnocs, há no estado 23 açudes e o custo para aplicação de questionários é de R$ 250.507,13, além de outros R$ 729.682,50 para levantamentos topográficos.

Outro achado da auditoria do TCU foi a precariedade na estrutura organizacional das unidades de campo e inexistência de setor específico, com volatilidade dos membros dos grupos de trabalho, bem como a "inexistência de setor específico para a segurança de barragens", enfatizou o ministro relator Augusto Nardes.

Ele destacou ainda que, no que concerne ao tema governança e riscos, há "implantação deficiente dos mecanismos de prática de governança e do sistema de gestão de riscos e controles internos, sob a ótica da gestão da segurança de barragens". Além de não haver, na maioria dos casos, a manutenção preventiva das estruturas dos barramentos, incluindo equipamentos hidromecânicos.

Importância das barragens

A fiscalização do TCU apontou que as 22.412 barragens de usos múltiplos representam mais de 93% do universo de barragens cadastradas no País (24.092). Para o ministro Nardes, deve-se destacar "a importância socioeconômica dos reservatórios utilizados para irrigação (41%), aquicultura (11%), abastecimento de água (8%), indústria (4%), recreação (4%), regularização de vazões (3%) e dessedentação animal (17%)".

O TCU determinou à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento Regional para que o Dnocs e a Codevasf elaborem plano de ação, em 180 dias, com vistas à implementação das ações saneadoras contendo, no mínimo, as medidas a serem adotadas, os responsáveis pelas ações e os prazos para implementação.

O Tribunal recomendou ao Ministério da Economia a reestruturação orçamentária no sentido de haver redefinição das ações orçamentárias de modo a permitir maior visibilidade e grau de definição das ações relacionadas à recuperação e conservação de barragens. O objetivo é possibilitar o seu acompanhamento pelos órgãos de controle externo e interno, o monitoramento da efetividade dos gastos, a evolução dos resultados e o controle social. De acordo com o ministro-relator Augusto Nardes, isso "não é possível atualmente em face da pulverização de ações e da multiplicidade no direcionamento das alocações de recursos".

A Corte de Contas também recomendou ao Ministério do Desenvolvimento Regional, à Agência Nacional de Águas (ANA) e, por conseguinte, aos órgãos estaduais de recursos hídricos, que seja dado destaque ao tema segurança de barragens em nível de planejamento estratégico e operacional, com clara definição dos objetivos, metas e indicadores de forma a permitir o acompanhamento e avaliação das ações implementadas e possibilitar a vinculação com o Plano Plurianual do governo federal.

O TCU ainda recomendou ao Ministério da Educação que avalie a criação de curso de graduação específico na temática de barragens, bem como a inclusão na grade curricular da graduação nas universidades da disciplina "segurança de barragens".

A finalidade é desenvolver a cultura nacional do tema, ampliando a formação técnica de profissionais na área para o aprimoramento das avaliações acerca da estabilidade estrutural. Tudo isso com vistas ao desenvolvimento da consciência nacional acerca dos riscos de rompimentos, estimulando comportamentos de prevenção capazes de evitar ou minimizar a ocorrência de desastres.

* Com informações do Tribunal de Contas da União (TCU)

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