Além dos 1.200 policiais 'despromovidos' com a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) após ação do Governo Renan Filho, outros 3.200 oficiais e praças também podem ser afetados pela medida, segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Wellington Silva.
"Com a decisão, serão despromovidos cerca de 1.200 militares. Sabe-se que a Procuradoria-Geral já solicitou do TJ as despromoções das ações que tramitam na 16ª, 17ª e 18ª varas, bem como as ações da 4ª vara da Fazenda Pública de Arapiraca, provocando as despromoções de mais de 3.200 militares".
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A situação promete mobilizar os militares, que marcaram para a próxima quinta-feira (8) um ato contra a decisão do Tribunal de Justiça, cujo processo foi despachado no final do mês passado pelo presidente Tutmés Airan. A manifestação acontece a partir das 14h, na frente do Palácio do Governo, no Centro de Maceió.
"Ingressamos com o agravo interno junto ao Tribunal e estamos aguardando que seja colocado em pauta no plenário do TJ, mas sabemos que essa decisão foi política e precisamos nos mobilizar contra essa decisão arbitrária", diz Wellington Silva.
As promoções já suspensas por Tutmés Airan estavam em tramitação, mas o Governo alegou não ter condições de realizar todas de uma única vez. Ao todo, elas custariam aos cofres R$ 14,4 milhões, sendo aproximadamente R$ 4,5 milhões referentes às promoções de oficiais e R$ 9,9 mi às de praças, segundo a publicação do TJ.
Na decisão, o presidente do Tribunal de Justiça ressaltou que concedeu em parte a suspensão enquanto o processo é julgado. Ele destacou ainda que a quantia em questão poderia causar "sérios danos ao equilíbrio financeiro das contas públicas e do planejamento público".