Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou nesta segunda-feira (26) novos procuradores para atuarem nas forças-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro. Os reforços vão trabalhar como colaboradores, sem deixarem seus locais de trabalho e também sem salário extra.
A Lava Jato do Paraná terá o reforço de quatro procuradores: Filipe Andrios Brasil Siviero (RS), Leonardo Gonçalves Juzinksas (RJ), Paulo Henrique Cardozo (AP) e Ramiro Teixeira de Almeida (SE). Já o grupo da operação no Rio contará com Tiago de Jesus Martins (PB) e José Simões Vagos (RJ).
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A expectativa é de que esses procuradores trabalhem em casos específicos, que não exijam atos diretamente coordenados, para ajudar a acelerar o ritmo dos trabalhos.
No Paraná, por exemplo, há em andamento mais de 400 apurações. O reforço do Rio se soma a outros dez membros e deve trabalhar em casos como Eletronuclear e PAC das Favelas.
A PGR prorrogou os trabalhos da força-tarefa no Paraná até janeiro de 2021. A estrutura da força-tarefa em Curitiba foi criada em abril de 2014, um mês após a primeira operação ter sido deflagrada. Desde então, os trabalhos foram prorrogados sete vezes. Além dos novos integrantes, 14 procuradores atuam nos inquéritos vinculados à operação no estado.
Em julho, a PGR abriu uma consulta para integrantes do MPF sobre a disponibilidade e interesse para colaborar com as forças-tarefa da Operação Lava Jato do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Após as inscrições, a procuradoria fez discussões internas para definir as indicações.
A definição vem na esteira de um debate sobre a continuidade das forças-tarefa na PGR, sendo que há pressão para reformular a estrutura dos grupos. Entre as propostas, está a criação de uma Unidade Nacional Anticorrupção (Unac), que absorveria a Lava Jato dos estados em um grupo nacional de apoio a grandes investigações.