A maioria dos partos realizados no Estado de Alagoas não são naturais, segundo dados do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância. Apenas 46,1% dos nascimentos foram naturais no ano de 2019, modalidade que oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebê.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios - Contínua (Pnad- Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nessa quinta-feira (8) pela plataforma OBSERVA-Observatório do Marco Legal da Primeira Infância.
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Ainda segundo o levantamento, 65,5% das mães alagoanas cumpriram o mínimo de seis consultas de pré-natal preconizado pelo Ministério da Saúde, considerando dados apenas dos nascidos vivos. Um total de 1.597 crianças de até um ano de idade também não teriam tido seus nascimentos registrados.
Foram 772 casos de óbitos na primeira infância em 2019, incidente que, segundo aponta o relatório, pode ser amenizado com maior acesso ao pré-natal. No caso de mães, o índice foi maior: 24.209 mulheres morreram durante o parto ou devido a complicações geradas por ele.
Isso é duas vezes a população do município de Flexeiras ou Jequiá da Praia, por exemplo, e se aproxima da população de Joaquim Gomes ou Cajueiro, segundo dados do Censo de 2010 do IBGE.
A cobertura vacinal do estado é alta para as principais vacinas, mas a transmissão vertical, de mãe para filho, de Infecções Sexualmente Transmissíveis vem aumentando. A incidência de Aids em menores de 5 anos foi de 1,8%, o que aponta mais 5 casos comparados a 2018. Sífilis congênita esteve presente em 7,2% deles, 376 novos casos em relação ao ano anterior.
O saneamento básico, que o relatório traz como um componente essencial para o bom desenvolvimento de uma criança, só é uma realidade na vida de 35,1% das crianças alagoanas.
Procurada, a Sesau afirmou que se pronunciaria em breve sobre os dados por meio de nota.
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