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Altas da Violência: sociólogo sugere ações para enfrentamento da criminalidade

Para Davi Sales, governo precisa propor ações de enfrentamento da impunidade, inteligência administrativa e policial para combater crimes

A divulgação do Atlas da Violência no Brasil pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e Fórum de Segurança Pública, no começo desta semana, mostra que Alagoas permanece entre os estados com o maior número de homicídios no País. Os números, referentes ao ano de 2017, revelam que em Maceió houve crescimento no número de crimes de um ano para o outro.

A cidade ocupa a sexta colocação como as mais violentas entre todas as 26 capitais do País. Arapiraca também figura na lista das localidades com maior número de mortes. Para o sociólogo Davi Sales, o governo precisa propor ações de enfrentamento da impunidade, inteligência administrativa e policial nos territórios onde os índices de criminalidade são severos.

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Os dados divulgados pelo Atlas, referentes aos últimos dez anos - 2007 a 2017 - mostram que estado de Alagoas obteve redução no quadro geral, mas Maceió, que registrou crescimento e Arapiraca, estão entre os 120 municípios brasileiros que acumulam 50% de todos os homicídios registrados em 2017 no Brasil. O estudo envolveu 310 municípios do Brasil com população acima de 100 mil habitantes.

Na capital alagoana, em 2016, conforme o documento, foram registradas 55,4 homicídios por 10 mil habitantes. No ano seguinte, em 2017, este percentual subiu para 60,2 mortes por 100 mil, uma variação para mais de 8,7%. Em Arapiraca, os dados também são alarmantes e representam 58,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Em 2017 foram 138 homicídios registrados na segunda maior cidade do Estado. As duas localidades estão acima da média de Alagoas que foi de 53,9 e quase o dobro do Brasil, que ficou em 31,6 mortes para cada cem mil habitantes.

"O mapa do Ipea é preocupante porque demonstra uma alta taxa de crimes de homicídios e uma curva relativamente estável, que não se reduz há décadas. O enfrentamento dos crimes de homicídios pode ser desenhado numa política de segurança pública que proponha ações de enfrentamento da impunidade, inteligência administrativa e policial nos territórios onde os índices são severos, transparência das ações policiais nos casos de homicídios e acompanhamento direto desde o boletim de ocorrência até a sentença do tribunal, para elucidação dos motivos e autores do delito, enfrentamento da cultura da morte (com seus escritórios do crime)", pontua o sociólogo.

Ele destaca que, neste contexto apresentado pelo atlas, a ideia de violência deve ser circunscrita aos homicídios, sem levar em conta as múltiplas violências que tem lugar em diferentes contextos urbanos e rurais. "O aumento contemporâneo da sensibilidade moral à violência foi responsável pela criminalização de tudo que pudesse ser interpretado como violência".

Para Davi Sales, a violência homicida é muito complexa e está mais ligada às cidades menos "civilizadas". Para ele é preciso investir na polícia técnica, assim como defende o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), ao também comentar sobre a divulgação do Atlas da Violência, que coloca Alagoas mais uma vez em destaque.

"Ela [violência homicida] é perene nas sociedades humanas, porém, em sociedades civilizadas os índices são relativamente baixos, devido justamente a uma preocupação constante com a impunidade, entre outras questões. É preciso que o homicida, o marginal (violência ilegítima), ou o agente do Estado (violência legítima) saibam que suas ações serão observadas e colocadas para a apreciação do Poder Judiciário, e este deve agir para reestabelecer o laço social onde este é rompido durante o evento violento. Onde há polícia técnica, justiça e punição aos homicidas, as taxas de crimes violentos tende a patamares baixos, aceitáveis", reforça o sociólogo.

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