A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investiga 24 casos suspeitos de reinfecção por Covid em moradores de seis cidades alagoanas: dezoito pessoas residentes em Maceió, além de duas em São Miguel dos Campos e uma ocorrência em cada um dos municípios de União dos Palmares, Junqueiro, São Miguel dos Milagres e Maragogi. O primeiro caso no Brasil foi confirmado pelo Ministério da Saúde no dia 10 de dezembro.
Marcos Holanda, presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), informou à Gazeta ter sido infectado duas vezes pelo novo coronavírus nos meses de abril e dezembro. Da última vez, os sintomas vieram mais fortes e o médico precisou ficar internado por uma semana, com 25% dos pulmões comprometidos.
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Até agora, segundo a Sesau, não há confirmação de casos de reinfecção. "Após oito meses da primeira vez que me infectei, tive novamente a Covid e acabei internado. Foi até mais forte do que a primeira vez. A gente fica sabendo de alguns casos de reinfecção, situação que já está acontecendo em Alagoas", afirma Marcos Holanda.
No início de dezembro, a Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde confirmaram o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) do país. As amostras foram coletadas de uma profissional da saúde residente em Natal (RN), de 37 anos. O segundo caso foi confirmado no último dia 18, uma mulher de 41 anos, moradora de Fernandópolis (SP).
De acordo com a Nota Técnica nº 52/2020 do Ministério da Saúde que estabelece orientações preliminares sobre a conduta frente a um caso suspeito de reinfecção da Covid-19 no Brasil é considerado caso suspeito de reinfecção o indivíduo com dois resultados positivos por meio da técnica de RT-PCR em tempo real para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção respiratória, independentemente da condição clínica observada nos dois episódios.
A infectologista e gerente médica do Hospital da Mulher, Sarah Dominique, explica que a reinfecção pela Covid-19 acontece quando, após um período, na maioria das vezes, superior a 90 dias, a pessoa acaba adquirindo novamente a infecção pelo novo coronavírus.
Para fechar o diagnóstico de uma nova infecção pelo novo coronavírus, o paciente precisa estar com os sintomas da Covid-19, além disso, é necessário que o exame RT-PCR apresente resultado positivo no intervalo de pelo menos 90 dias entre os dois exames, com nova linhagem genética.
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