Os acusados do assassinato de Rhuan Miguel dos Santos Vieira, ocorrido em 2020, foram condenados a 19 anos de prisão no júri popular realizado na quarta-feira (3), no Fórum da Capital. A vítima foi morta a tiros, após o autor do crime descobrir um caso extraconjugal dele e sua esposa. Eles não poderão apelar em liberdade.
Os réus Maxswel Santos Silva e José Wilson Tenório da Silva agiram motivados por suspeitarem do envolvimento amoroso de Rhuan com a esposa de José Wilson. O juiz Geraldo Amorim fixou as penas para ambos os réus em 19 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.
O magistrado também condenou os acusados ao pagamento de R$ 104.500,00 aos familiares de Rhuan, por danos morais, devendo cada réu contribuir igualmente para atingir o valor.
O crime ocorreu no dia 22 de maio de 2020, no Centro de Maceió. De acordo com os autos, a vítima teve um envolvimento amoroso com sua colega de trabalho, a qual era casada com José Wilson. Ao descobrir a relação extraconjugal, o acusado resolveu se vingar, com a ajuda de Maxswel, segundo a acusação.
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Rhuan estacionou seu veículo próximo à Santa Casa de Misericórdia, onde trabalhava, quando, ainda dentro do carro, foi abordado por Maxswel, que simulou um assalto e efetuou quatro disparos de arma de fogo, através da janela do veículo. Em seguida, fugiu numa motocicleta pilotada por José Wilson.
O juiz Geraldo Amorim apontou a ousadia no cometimento do crime, pois Rhuan foi surpreendido por Maxswel enquanto se preparava para mais um plantão no hospital, “no momento em que (...) se encontrava no interior de seu veículo, com subtração de seu pertence, o relógio, com finalidade de se forjar um cenário de latrocínio, com vistas a mascarar a real motivação do fato”, afirmou.
*Com assessoria