O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (16) o desmantelamento de uma das maiores redes de tráfico de vídeos com pornografia infantil. A operação internacional prendeu 337 pessoas em diversos países - entre eles, o Brasil.
O site continha mais de 250 mil vídeos em cerca de oito terabytes, no que o governo norte-americano classificou a página como "maior mercado de exploração sexual de crianças em termos de conteúdo".
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Ainda de acordo com o governo norte-americano, as imagens foram baixadas mais de um milhão de vezes.
A operação ocorreu em 38 países, segundo o Departamento de Justiça dos EUA. Até o momento, houve prisões em:
- Alemanha
- Arábia Saudita
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- Coreia do Sul
- Emirados Árabes Unidos
- Espanha
- Estados Unidos
- Irlanda
- Reino Unido
- República Tcheca
A operação também resultou no resgate de ao menos 23 menores vítimas de abuso em três países: EUA, Espanha e Reino Unido. Segundo o Departamento de Justiça, elas eram abusadas por usuários do site.
'Dark web' e criptomoedas
Autoridades do Reino Unido também participaram da operação, de acordo com a agência France Presse. A AFP também informa que as prisões ocorreram depois da derrubada de uma página gerenciada na "dark web" da Coreia do Sul que monetizava os vídeos com abuso sexual de crianças - inclusive com criptomoedas como o bitcoin.
Segundo a AFP, investigadores do Reino Unido descobriram o site durante investigações contra um geofísico, Matthew Falder. Ele cumpre sentença de 25 anos de prisão após ser condenado, em 2017, por 137 infrações - incluindo o incitamento a estupro de crianças e por compartilhar imagens de abuso sexual de um recém-nascido, segundo a polícia britânica.
No Reino Unido, sete homens já foram condenados, incluindo um a 22 anos de prisão por estupro de um menino de cinco anos, bem como o ataque sexual de uma menina de três anos que aparecia no site.