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Academia Alagoana de Letras completa 98 anos nesta quarta

Expectativa da presidência é que lugar volte a ser referência cultural e literária em AL

A Academia Alagoana de Letras (AAL) completa 98 anos hoje. Fundada às 14h do dia 1º de novembro de 1919, no Teatro Deodoro, no Centro de Maceió, o templo da literatura de Alagoas viveu durante muito tempo inerte, como se padecesse de um mal capaz de fazê-lo reviver. No entanto, agora, os planos são outros e a expectativa da nova presidência e dos associados é que o lugar volte a ser uma referência cultural e literária para o povo desta terra.

Há pouco mais de duas semanas o engenheiro civil Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo, de 61 anos, foi aclamado como o novo presidente da Casa. Ele está confiante, mas sabe dos desafios que tem para o futuro. "Sozinho eu não consigo fazer nada, mas tenho muitos parceiros. Não só dentro da academia, mas também fora dela. E serão essas parcerias que vão proporcionar uma verdadeira revolução na história desse lugar", conta o presidente.

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De acordo com ele, haverá hoje uma reunião ordinária para celebrar o aniversário da Academia e durante a solenidade já será lançada a campanha do centenário do lugar, que será comemorado daqui a dois anos. "Nosso objetivo é realizar uma grande festa em 2019. Para isso, o primeiro passo é recuperar a sede, que atualmente está bastante deteriorada. Montamos uma comissão, que será dirigida pela Miran Canuto e pela Yaradir Sarmento. Daremos todo o apoio necessário, mas serão elas as responsáveis por conduzirem este projeto", informou Rostand.

O presidente da AAL afirmou que já foram realizados alguns levantamentos a respeito da  situação estrutural pela qual passa a Academia. Os problemas vão desde falta de manutenção na pintura, portões quebrados e enferrujados, além de questões relacionados a falhas hidráulicas e elétricas. "A Casa precisa de uma grande reforma e nossa meta é que ela seja concluída nesse espaço de dois anos para que possamos celebrar os 100 anos da Academia como ela de fato merece", observa.

Para ele, momentos como os vividos durante as gestões de Moreira e Silva, Guedes Miranda e Ib Gatto Falcão não devem ficar apenas no passado. "Foram épocas áureas da Academia. A participação da sociedade também era muito forte e é isso que nós precisaremos resgatar. Durante muito tempo foram ofertados cursos de mestrado, realizados concursos de literatura, palestras e oficinas. Tudo isso será retomado", garantiu Alberto Rostand.

O médico pediatra Milton Ênio diz que o lugar é um verdadeiro templo onde se cultua a eternidade. "Nesta hora de tantas mudanças na sociedade, a Academia funciona como um verdadeiro bálsamo. Nós vamos fazer todo o esforço necessário para nos entrosarmos com as universidades e com as entidades culturais e literárias do estado para assim promovermos a verdadeira revolução", revela.

"Nós somos uma instituição que guarda o passado com o objetivo de ativar o presente. Tenho certeza que a Academia vai ressurgir mais forte em breve e dará, como sempre deu, grandes contribuições ao povo do nosso estado", disse o pediatra.

Doutor Milton é um verdadeiro estudioso da Academia. Ele revelha detalhes do dia que o local foi fundado. Segundo ele, na manhã do dia 1º de novembro de 1919, os primeiros integrantes da Casa se reuniram em uma missa na Catedral Metropolitana de Maceió. Depois seguiram para o Teatro Deodoro, onde conduziram a cerimônia de fundação. Em seguida, participaram da procissão de Todos os Santos em forma de agradecimento à inauguração da Academia Alagoana de Letras.

"Neste dia, estiverem presentes na fundação: Fernandes Lima, Artur Acioli, Jayme de Altavila, Demócrito Gracindo, Aurino Maciel, Lima Júnior, Guedes Miranda, Orlando Araújo, Virgílio Guedes, Jorge de Lima, Povina Cavalcante e Ranulfo Gular. Estes foram grandes nomes que contribuíram com a Academia", revela o médico.

Para o presidente do Instituto Arnon de Mello e membro da Academia, Carlos Mendonça, é preciso que tanto o poder público como a iniciativa privada voltem os olhos para o lugar. "Quando as pessoas se derem conta das contribuições que a Academia pode oferecer elas terão certeza que é extremamente necessário investir aqui. Infelizmente, hoje nós temos um prédio com muito problemas e este, certamente, é o grande desafio do presidente Rostand, que já afirmou que vai fazer tudo o que for possível para restaurá-lo e entregá-lo de volta à sociedade", disse.

"Um estado que tem uma Academia Alagoana de Letras forte ele tem valor. Porque este local fala muito sobre o que é a sociedade do lugar. Por isso, é imprescindível que investimentos sejam feitos e eu confio, que apesar deste momento difícil pelo qual passa todo o país, em relação a economia, e em Alagoas não é diferente, vai passar e novas contribuições irão surgir. A Academia é do povo alagoano e eles precisam participar mais ativamente dele, inclusive, sugerindo ações que possam ser desenvolvidas para melhorar a interação com a sociedade", falou Carlos Mendonça.

Está no artigo 1º do Estatuto da Academia Alagoana de Letras, que seu principal objetivo é desenvolver a cultura literária em Alagoas, procurando adquirir livros, documentos e manuscritos de homens de letras, sobretudo de Alagoas; manter biblioteca com sala de leitura, arquivos e museus de objetos pertencentes aos sócios falecidos; entreter relações com sociedades congêneres do país e do estrangeiro; publicar a sua Revista e trabalhos valiosos que versem assuntos literários ou se incluam entre as matérias permitidas pelos concursos; promover conferências, reuniões, cursos sobre temas culturais, preferencialmente literários; instituir prêmios e honrarias e colaborar intelectualmente com os poderes públicos no aprimoramento das letras em Alagoas, inclusive propondo medidas que visem a este objetivo.

Para que tudo isso possa de fato acontecer, os associados afirmam que a sociedade civil de um modo geral precisa se interessar pela Academia. "Nós estamos abertos a todo e qualquer tipo de contribuição. Queremos que muitas outras pessoas se envolvam com esta causa. A vida é um ciclo. Sendo assim, acredito que chegou o momento de acontecer uma reviravolta. Nosso grande legado é a cultura que está presente nos livros, artigos e tantos outros escritos e nada disso poderá se perder", finaliza o presidente da AAL, Alberto Rostand.

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