Protagonistas da F1 nos últimos anos, Max Verstappen e Lewis Hamilton se acostumaram a enfileirar títulos e vitórias. E com a conquista do tricampeão nesse domingo (3) no GP de São Paulo, o holandês atingiu mais uma marca importante: este foi o 62º triunfo do piloto, que agora empata com Hamilton como o segundo maior vencedor do grid dos últimos oito anos - desde a estreia do holandês na RBR, em 2016.
Sinônimo de precocidade, Verstappen fez sua estreia meteórica pela RBR durante o GP da Espanha de 2016. Com direito a vitória logo na primeira corrida defendendo a equipe de Milton Keynes, se tornou o piloto mais jovem a visitar o topo do pódio da F1 aos 18 anos e 228 dias. De lá para cá, o holandês conquistou três títulos mundiais e se estabeleceu como um dos principais nomes da história da categoria.
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De 2016 a 2020, Verstappen tratou de aproveitar as brechas deixadas pela Mercedes e anotou 10 vitórias nesse período. Mas desde o salto de competitividade dado pela RBR a partir de 2021, o holandês estabeleceu uma nova era de domínio e conquistou 52 vitórias desde então.
Grande rival do holandês na categoria, Hamilton é o maior vencedor da história da F1 com 105 triunfos no currículo. Desses, a maioria foi conquistada durante o período de domínio da Mercedes na era híbrida.
Com exceção de 2022 e 2023 em que o britânico passou em branco, o heptacampeão anotou 62 vitórias desde aquele GP da Espanha de 2016. Vale destacar que foi justamente a batida entre Hamilton e Rosberg na Catalunha que abriu caminho para a primeira vitória de Verstappen na categoria.
Enquanto Hamilton e Verstappen acumulavam títulos nos últimos anos, coube ao restante do grid conquistar vitórias esporádicas entre si. Ao todo, os demais pilotos - que competem atualmente ou que já deixaram a categoria - somam todos juntos 63 triunfos. O último deles foi conquistado por Carlos Sainz durante o GP da Cidade do México.
Nesse recorte de tempo, 2024 já é o ano com maior variedade no topo do pódio, com 11 vitórias que não foram para a conta de Hamilton ou Verstappen. E com mais três rodadas em disputa na temporada atual, essa marca ainda pode ser ampliada a favor do resto do grid.
Nesse período de oito anos, quem mais chegou perto dos dois rivais foi Sebastian Vettel, com 11 vitórias pela Ferrari. Já dos pilotos em atividade, Valtteri Bottas surfou no sucesso da Mercedes e conquistou dez triunfos.
Na campanha que selou o tricampeonato a favor do holandês, Verstappen bateu o próprio recorde de vitórias em uma mesma temporada e anotou 19 triunfos em 2023. Com isso, atingiu a incrível marca de 86,3% de aproveitamento, superando os 75% de Alberto Ascari registrado em 1952. E para coroar o ano dominante, o piloto anotou dez vitórias em sequência entre o GP de Miami e o GP da Itália, superando a marca anterior que pertencia a Sebastian Vettel.
Aliás, as estatísticas do holandês são bastante impressionantes já que as 62 vitórias conquistadas ao longo de 206 corridas disputadas na carreira representam 30% de aproveitamento. Se consideradas apenas as 183 participações defendendo as cores da RBR, o aproveitamento sobe para 33,8%.
A emocionante vitória no GP de São Paulo partindo do 17º lugar garantiu o oitavo triunfo do holandês em 2024 e ajudou a encaminhar o tetracampeonato. Apesar disso, é o ano com menos conquistas desde 2020, quando ainda era um coadjuvante na disputa pelo título.
Além disso, também desde 2020 o tricampeão não ficava atrás do resto do grid em número de vitórias, cenário visto devido à competitividade da temporada atual. São 11 vitórias para os adversários - sem considerar as duas conquistas de Hamilton - contra as oito logradas por Verstappen até o momento.
Além de proporcionar o empate entre Verstappen e Hamilton, a vitória no GP de São Paulo foi a terceira conquista do holandês em Interlagos - classificada pelo próprio piloto como a melhor de sua carreira. Agora com 393 pontos e na liderança da competição, o piloto taurino deu um passo importante rumo ao tetracampeonato que pode já ser conquistado na próxima etapa durante o GP de Las Vegas.