Um dos casos policiais mais polêmicos do século passado pode ter uma nova e inesperada prova. De acordo com um mandado de busca e apreensão relacionado a outro caso, policiais de Minnesota dizem ter um pen drive onde acredita-se que haja uma confissão gravada de OJ Simpson, lendário ex-jogador de futebol americano e ator falecido este ano, de que ele assassinou sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e Ron Goldman, amigo de Brown, em 1994.
A notícia é do site americano "TMZ". Segundo a publicação, o pen drive foi obtido entre outros objetos presentes numa mochila pertencente a Iroc Avelli, ex-segurança de OJ, apreendida pela polícia numa investigação separada. Os oficiais dizem ainda que a gravação implica o envolvimento de mais uma pessoa no homicídio duplo.
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Os documentos do mandado dizem que Avelli foi preso em março de 2022. A polícia executou um mandado de busca para coletar evidências e encontrou, entre outras coisas, uma mochila verde com munição e outros itens. O departamento de polícia de Bloomington, em Minnesota, conta que, em julho de 2024, recebeu uma ligação de um detetive da polícia de Los Angeles, que advertiu que Avelli e seu advogado se reuniram com o departamento californiano e disseram aos oficiais que, na mochila verde, havia um pen drive com a gravação da confissão de OJ.
Para acessar o conteúdo do pen drive, a polícia de Minnesota precisa de um novo mandado de busca, e receberam permissão de um juiz em junho passado. Contudo, os resultados desta busca dentro do pen drive ainda estão pendentes.
Nicole Brown Simpson e Ron Goldman foram assassinados na noite de 12 de junho de 1994, na entrada da casa de Brown. OJ Simpson, divorciado da ex-esposa em 1992 e com um documentado histórico de uma relação abusiva com ela, foi acusado de homicídio duplo e foi a julgamento, num caso amplamente coberto pela imprensa mundial.
Simpson foi inocentado pelo júri e não foi preso. Posteriormente, um processo civil movido pela família de Goldman o considerou culpado e o condenou a pagar US$ 33 milhões à família. A polícia de Los Angeles considerava o caso encerrado, sob o entendimento de que OJ cometeu o duplo homicídio, mas que fora inocentado e que não poderia ser julgado novamente devido à quinta emenda da constituição dos Estados Unidos.
OJ Simpson faleceu em abril deste ano, aos 76 anos, após uma longa batalha com o câncer.