A boxeadora taiwanesa Lin Yu-ting garantiu uma medalha nas Olimpíadas de Paris ao avançar para as semifinais da categoria peso-pena feminino. Uma das lutadoras que foram reprovadas em testes da IBA e liberadas pelo COI para competir em Paris, Lin, de 28 anos, venceu a búlgara Svetlana Staneva por decisão unânime, assegurando, pelo menos, uma medalha de bronze.
Durante a luta, Svetlana, de 34 anos, demonstrou insatisfação com a decisão dos juízes. Ao sair do ringue, ela fez uma cruz com os dedos e gritou "não, não". A luta foi marcada por momentos de tensão, com Svetlana reclamando do uso de cotoveladas por parte de Lin. Antes mesmo da luta, a Federação Búlgara de Boxe havia manifestado sua oposição à participação da taiwanesa.
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Lin está competindo em Paris após ser liberada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar, apesar de ter sido banida do Campeonato Mundial de 2023 pela Associação Internacional de Boxe (IBA). Assim como Imane Khelif, Lin foi reprovada nos testes de elegibilidade de gênero da entidade, que geraram controvérsia. No entanto, o COI permitiu a participação das atletas nos Jogos Olímpicos. O Comitê Internacional inclusive reforçou que o caso não envolve atletas transexuais e que elas atendem aos critérios estabelecidos.
- Elas perderam e venceram contra outras mulheres através do tempo e precisamos deixar muito claro, isto não é uma questão transgênero. Sei que sabem disso, mas houve alguns erros de reportagem, é muito importante dizer que não é uma questão de transgêneros – disse o porta-voz do COI, Mark Adams.
Reforçando o apoio do país, o presidente de Taiwan Lai Ching-te exaltou Lin em suas redes sociais.
- Yu-ting é ótima! Nos últimos dias, o povo de Taiwan ficou indignado com a calúnia contra ela. Diante do desafio, Yu-ting é destemida e usa sua força para esmagar os rumores. Vamos continuar a torcer por ela! - escreveu Lai Ching-te.
Lin Yu-ting enfrentará a turca Esra Yildiz Kahraman, pelas semifinais nesta quarta-feira.