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Técnico bicampeão da São Silvestre, Carlos Ventura morre em São Paulo

Carlão, como era conhecido, caiu em sua residência, foi levado ao hospital, porém não resistiu aos ferimentos

Na madrugada deste domingo, dia 27, Carlos Gomes Ventura morreu vítima de um acidente doméstico. Técnico bicampeão da São Silvestre, o Carlão, como era conhecido, caiu em sua residência, foi levado ao hospital, porém não resistiu aos ferimentos.

O velório será nesta segunda-feira, dia 28 de janeiro, às 9h (de Brasília), no Cemitério do Araçá, localizado na Avenida Doutor Arnaldo, em São Paulo.

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Professor de educação física, administrador de empresas, com especialização em atletismo e administração esportiva, Ventura escreveu seu nome na história da corrida de rua mais tradicional do País ao orientar a preparação de José João da Silva e ajudá-lo a vencer a disputa em duas ocasiões, em 1980 e 1985.

Na primeira oportunidade da conquista, o atleta quebrou um jejum de 34 anos sem vitórias de brasileiros na corrida. Naquele ano a corrida contava com 8,900 km e foi concluída com o tempo de 23min40s30.

"A minha maior história com ele foi a São Silvestre. O trabalho dele para mim, para o Brasil e para o atletismo nacional foi fantástico!", exaltou José João, em contato com a Gazeta Esportiva.

Carlos Ventura atuou como gerente de esportes e técnico de atletismo do Esporte Clube Pinheiros e do São Paulo FC. Nesse período conviveu durante muito tempo com José João.

"A minha história com ele foi maravilhosa! Eu comecei com ele, no Pinheiros, em 1976, e terminei com ele, em 1996. Minha carreira praticamente todinha foi feita entre Pinheiros e São Paulo com a sua visão técnica de trabalho de alto rendimento. Além de diversos outros atletas que ele auxiliou", disse o ex-atleta.

Em sua segunda conquista, em 1985, ainda auxiliado pelo professor Ventura, Silva venceu a São Silvestre com o tempo de 36min48s96. Neste ano a prova contava com 12,6 km.

"A importância dele para mim foi a descoberta no Pinheiros. Para minha vida pessoal, foi essencial. Quebrar um tabu de 34 anos e depois me colocar nas Olimpíadas. Foi uma pessoa incrível", concluiu José João da Silva.

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