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Técnico Adilson Batista é demitido do Cruzeiro após nova derrota

Treinador faz duras críticas ao conselho gestor e deixa o clube com perigo de não se classificar para as semifinais do Mineiro

Adilson Batista não é mais técnico do Cruzeiro. A segunda passagem dele pelo clube terminou neste domingo, após a derrota da Raposa para o Coimbra, equipe que não tinha vencido nenhum jogo nas oito primeiras rodadas do Campeonato Mineiro. O revés por 1 a 0, no Independência, aumentou a sequência negativa cruzeirense, que venceu apenas um jogo nos últimos nove disputados. Adilson deixa o clube fora da zona de classificação para a semifinal do Mineiro, faltando duas rodadas para o fim, e em situação complicada na Copa do Brasil, após derrota por 2 a 0 para o CRB, no Mineirão, pelo primeiro jogo da terceira fase da competição. Com ele, também deixam o clube o auxiliar técnico Cyro Garcia e o preparador físico José Mário Campeiz. O diretor de futebol, Ocimar Bolicenho, também foi demitido.

Adilson realizou um pronunciamento ainda no Independência e disse que o clube precisa, urgentemente, de um comando, pois atualmente é comandado por oito pessoas, em que todas, segundo ele, querem mandar no futebol.

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"Fui demitido pelo Carlos (Ferreira, gestor do futebol do Cruzeiro). Estarei na torcida, deixo claro que estou chateado pelos resultados recentes, que também temos culpa. Mas a gente precisa entender o processo. Tive a coragem de pedir pra que determinados jogadores saíssem, enfrentei.Ajudei nesse processo, com o clube numa bagunça, uma desordem. Atletas tomaram conta do clube, derrubaram o Mano, meu amigo, Abel, Rogério Ceni, tomaram conta do clube. Então, você chega e tem que limpar. Dei treino, durante alguns dias, com jogadores que eu não teria, até resolver esta situação, porque não tínhamos comando. Rezo pra que o clube tenha logo um presidente. Tá precisando urgentemente. Hoje tem 8 gestores. E os oito querem tomar conta do futebol", opinou Adilson.

O treinador cruzeirense reclamou do planejamento do trabalho desta temporada. Citou que trabalhou com jogadores que não fariam parte do plantel e também da demora da chegada de reforços, citando, inclusive, o zagueiro Ramón, que chegou ao clube no início do ano, devido a um pré-contrato assinado ano passado, deixou o clube e depois voltou. Também disse que não teve pedidos atendidos.

"Aí você tem 60 dias de trabalho, treina com 15 que não é para treinar. Chega 11 do juniores sem as devidas condições e que tem que participar. Aí era para estar aqui o Jean, chegou ontem, o Ariel era para já estar, Ramon treinou comigo e não estava (no início). Torcedor não gosta de A, B ou C. Demora para chegar outros. Hoje conto que pedi um meia, um extremo, um outro extremo. Um lateral. Mais um outro lateral. Alguns deveriam cuidar do Marketing, que era pra fazer uma campanha pra 300 mil e hoje só estamos com 45 mil. Então, este marketing tá mal, precisa melhorar", criticou.

O treinador continuou reclamando da falta de reforços, do número elevado de jogadores vindos dos juniores e ironizou a gestão do clube, afirmando que reforços chegarão para um novo treinador.

"Para quem vai chegar, isso vai aparecer. Vai encorpar, vai melhorar. Estarei na torcida. Mas faz parte do futebol. Fico triste, mas peguei todas essas dificuldades que vocês viram no início da montagem. 80% do time foi remontado, com juniores".

Adilson Batista disse que torce pelo sucesso do Cruzeiro e pela volta à Série A do Brasileiro.

"Valeu gente, desculpa alguma coisa, se fui indelicado. Deixo meu respeito e carinho ao povo de Minas Gerias. Desejo, de coração, sucesso ao Cruzeiro. Que consiga seu objetivo que é subir. Cruzeiro representa o estado com muito orgulho, com título, muita faixa. A grandeza do clube é muito grande. E, com o coronavírus, vou pra minha terra".

"Panela de pressão"

Na última quinta-feira, dia seguinte à derrota do Cruzeiro para o CRB, no confronto de ida pela terceira fase da Copa do Brasil, a panela de pressão para Adilson Batista aumentou. O conselho gestor da Raposa decidiu pela saída de Adilson Batista. No entanto, após palavra forte do empresário Pedro Lourenço, responsável pelo patrocínio master na camisa do clube e por pagar parte dos salários do atacante Marcelo Moreno, a decisão foi revista pela direção. A indecisão foi também comentada por Adilson.

"Quando digo presidente, entendo as dificuldades do nível de assumir e enfrentar. Entendo e valorizo, mas todo mundo quer opinar dentro do departamento de futebol. Você não repete escalação, tem jogo que você usa sete, seis, cinco meninos. Tem pessoa que não entende. Eu gostaria. Mas aqueles que não têm discernimento, acabam prejudicando um todo".

Antes de oficializar a saída e comunicar o treinador, o GloboEsporte.com apurou que a cúpula cruzeirense chegou a conversar com o staff do técnico Guto Ferreira, atualmente sem clube. Diante da reviravolta na demissão e a permanência de Adilson, a negociação com os representantes de Ferreira foi interrompida.

Disparos

Adilson Batista criticou a imprensa, por criticar alguns jogadores, como o lateral esquerdo João Lucas. Ele ainda disse que trabalhou para vender o zagueiro Cacá e o meia Maurício.

"Vocês (imprensa)... o torcedor pegou no pé do João (Lucas), daqui a seis no do Rafael (Santos). Eu nunca tive influência nenhuma nas minhas decisões, pois estou ali no dia a dia, exponho as dificuldades, troco o que seria interessante. Eu trabalhei pra que vendéssemos o Cacá. Estamos trabalhando pra vender o Maurício. Não conseguimos. Estou sendo parceiro do clube também. Estadual é pra menino. Já querem ganhar estadual, Copa do Brasil. Objetivo é subir!"

Nesta temporada, foram 12 jogos de Adilson Batista à frente do Cruzeiro. Nove pelo Campeonato Mineiro e três pela Copa do Brasil. São quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas.

No ano passado, foram três partidas, as últimas do Brasileiro, em que foi derrotado por Vasco, Grêmio e Palmeiras. Esta foi a segunda passagem de Adilson Batista pelo Cruzeiro. O técnico já havia treinado o time celeste entre 2007 e 2010, chegando a ser vice-campeão da Libertadores em 2009 e bicampeão Mineiro (2008 e 2009).

Pelas redes sociais, Adilson fez um breve post agradecendo pelo tempo em que esteve à frente do Cruzeiro e reforçando o carinho pelas pessoas e pelo estado de Minas Gerais

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