O Comitê Rio 2016 diz não ter dúvidas sobre a segurança do percurso da prova de ciclismo de estrada da Paralimpíada, na qual morreu neste sábado o atleta iraniano Bahman Golbarnezhad após um trágico acidente. Em entrevista coletiva concedida na manhã deste domingo, a organização do evento garantiu que a definição do trajeto passou pelo crivo da União Ciclística Internacional (UCI) desde o primeiro momento.
- O comitê organizador, antes de definir o percurso, segue a orientação da federação internacional. Foi escolhido, foi testado e foi aprovado por quem é de direito: a federação internacional de ciclismo - disse o diretor de esportes do Comitê, Agberto Guimarães.
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Bahman, que competia na classe C4-5, caiu com sua bicicleta na descida de Grumari, próximo ao Km 34, ao lado da Prainha. Ele teria sido projetado a uma vala entre duas barreiras de proteção do circuito, batendo a cabeça violentamente contra uma pedra.
De acordo com o Rio 2016 e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o acidente foi comunicado à direção de prova às 10h35. A equipe médica o atendeu às 10h40. No primeiro atendimento, o iraniano apresentava sinais vitais e seu capacete estava significativamente danificado. Às 10h45, ele foi posicionado na ambulância e direcionado ao hospital de referência da Paralimpíada. Entre às 10h50 e 11h49, ele esteve na ambulância.
Porta-voz do Rio 2016, Mario Andrada explicou a demora no trajeto entre o local do acidente e o hospital e garantiu que a ambulância em que o iraniano foi transferido estava equipada adequadamente.
- Ele foi transferido em uma UTI móvel, com todos os equipamentos. Não tenho como confirmar se havia o desfibrilador na estação dos Bombeiros. O atleta foi colocado na ambulância com sinais vitais normais. Ele tinha todo o equipamento necessário. O cuidado no transporte foi feito por médicos. Havia uma médica. Ela quem tomou as decisões do trajeto, de parar o trajeto. Ele foi demorado pois houve parada para a estabilização do atleta.