Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > esportes > NACIONAL

Rafaela Silva e defesa recorrem de punição por doping

Judoca, que no momento está suspensa das competições por dois anos por conta de um resultado adverso de 2019, tenta reduzir pena

Um longo dia. Assim pode ser considerada a quinta-feira para a judoca Rafaela Silva, atual campeã olímpica da categoria até 57kg. Pega no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de 2019, a atleta, na ocasião, foi punida com dois anos exclusão do esporte, e entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para reduzir a pena. A audiência deste recurso começou às 7h30 desta quinta e acabou quase às 16h (horários de Brasília). Ainda não há uma previsão para quando o resultado do julgamento será divulgado. Pode ser em algumas semanas, mas ao mesmo tempo é possível que demore mais do que o normal por conta da pandemia do novo coronavírus.

Rafaela Silva fez um curto depoimento durante o julgamento. Participaram da audiência por videoconferência algumas testemunhas de defesa, além dos advogados Marcelo Franklin e Thomaz Paiva, do bioquímico Fernando Fonseca e do médico Ronaldo Abud.

Leia também

O objetivo da defesa é comprovar a origem da substância (fenoterol) que entrou no corpo da judoca durante os Jogos Pan-Americanos e, assim, conseguir a redução da pena de acordo com o grau de negligência. Pelas regras do código antidoping, os atletas são responsáveis por tudo que ingerem e, mesmo que a ingestão não tenha sido proposital e/ou que não haja ganho técnico ou esportivo com a substância, há a punição por negligência.

Com a pena atual, Rafaela Silva só poderia voltar a competir em novembro de 2021, perdendo assim as Olimpíadas de Tóquio. Uma redução da sanção para um ano a deixaria livre para competir todos os torneios preparatórios para os Jogos. Se a pena cair para um ano e meio, por exemplo, ela consegue disputar as Olimpíadas, mas com pouco tempo entre o fim do cumprimento da punição e a realização do megaevento.

Relembre o caso

Rafaela Silva foi pega no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto de 2019. A PanAm Sports, que organiza essa competição, decidiu tirar a medalha de ouro da judoca, que foi conquistada na categoria leva (-57kg). No início de novembro de 2019, a carioca anunciou que entraria em uma suspensão voluntária, ou seja, antes do primeiro julgamento dela ser divulgado, parou de lutar oficialmente.

O exame acusou a presença de fenoterol, a mesma substância com a qual Etiene Medeiros foi flagrada, em junho de 2016. A nadadora acabou inocentada na ocasião. Esse ativo tem efeito broncodilatador e costuma ser usado em tratamento de doenças respiratórias, como a asma. A substância causa aumento de performance, uma vez que permite melhor troca gasosa entre o sangue e o pulmão.

Na audiência por videoconferência em janeiro, a antiga defesa da atleta, feita pelo advogado Bichara Neto, se baseou na possibilidade da contaminação ter acontecido a partir do contato com um bebê. Lara, de sete meses, é filha de outra judoca do Instituto Reação, Flávia Rodrigues, e faz uso de medicação contra asma. O contato com a criança teria acontecido em 4 de agosto, na véspera do embarque para Lima. Ali, Rafaela foi punida por dois anos, com a data de início da suspensão em novembro de 2019, ou seja, ficando sem lutar até novembro de 2021.

A judoca soube do seu caso de doping no Mundial de Judô de Tóquio, no Japão, no fim de agosto. No mesmo dia, disputou o Campeonato Mundial, conquistou a medalha de bronze e fez um novo exame de doping, que deu negativo. Ou seja, ela não foi pega no doping durante o Mundial, disputado 20 dias após o Pan de Lima.

A carioca tem no currículo o título mundial de 2013 e a medalha de ouro na Olimpíada do Rio em 2016, além de outras três pratas e dois bronzes em Campeonatos Mundiais. Em 2019, foi campeã dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez - mas perdeu a medalha.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas