O litígio de Gabigol com a diretoria do Flamengo parece não ter fim. O centroavante, mesmo após protagonizar o título da Copa do Brasil diante do Atlético-MG, está cada vez mais perto de um ponto final em sua trajetória no clube, e a relação com a gestão de Rodolfo Landim entra em constante derretimento.
Após a final no domingo (10), o camisa 99 revelou haver tensão entre as partes em declaração polêmica ainda no gramado da Arena MRV, e chegou a ser afastado do jogo seguinte, também contra o Galo, mas pelo Brasileirão. Na quinta-feira (14), o presidente concedeu entrevista ao "Flow Podcast" e não mediu palavras para detonar a postura do jogador.
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- Eu nem vi a declaração que ele fez lá na hora, fui comunicado pela própria imprensa no gramado. Um repórter me perguntou se eu queria falar alguma coisa, mas eu disse que não, só queria comemorar o título, não queria falar nada sobre esse assunto. Chegar e ganhar um campeonato tão difícil como esse... queria falar só de futebol - contou Rodolfo.
Além do depoimento, o presidente também revelou bastidores da negociação com o autor de dois gols no jogo de ida da decisão nacional e confirmou ter feito uma proposta de um ano para estender o vínculo com Gabi, mas não conseguiu chegar a um acordo até o momento.
- Eu não sei se é o Flamengo que não acredita nele, ou se é ele que não acredita nele. Ele fez uma proposta de mais quatro anos de contrato, com um crescimento significativo na remuneração. A prova que acreditamos na capacidade de recuperação dele é que fizemos uma proposta no valor que ele pediu, mas por um ano. Tivemos um grande desempenho dele até 2022, e falando sinceramente, em 2023 e 2024 o desempenho do Gabriel foi bem inferior. O Flamengo acredita nele e acredita que pode ter o Gabigol dos primeiros quatro anos. Ele é um ídolo, está marcado na história - explicou o mandatário.
Ao falar da situação, Landim também explicou que aceitar o pedido de Gabigol para ampliar o contrato e o salário por quatro anos é uma decisão arriscada no quesito empresarial e disse que também toparia um novo acordo ao final de 2025.
- Se ele acredita nele realmente, por que ele não aceita esse contrato de um ano e continua renovando depois? Se estou dando mais um ano de contrato para ele depois de dois anos com um desempenho ruim, por que eu não daria mais um, ou até outros três anos, como ele pediu, se melhorar o desempenho? Para um administrador, é um risco muito grande tomar uma decisão de renovar com um jogador por quatro anos depois de dois anos com um desempenho incompatível como o dele - completou.
A situação entre Gabigol e a diretoria rubro-negra está longe de uma definição. O centroavante assistiu do camarote o empate sem gols entre Flamengo e Atlético e espera ser liberado para jogar novamente na próxima semana.
O Rubro-Negro volta a campo diante do Cuiabá em cinco dias, visitando o Dourado na Arena Pantanal às 19h (de Brasília) de quarta-feira (20), e precisa vencer para seguir inteiro na luta pela garantia de uma vaga entre os quatro melhores times da competição, já que ocupa justamente a quarta colocação, com 59 pontos.