O Fluminense pagou nesta terça-feira 20% dos salários CLT de outubro de seus jogadores e funcionários. O clube tem mais 15 dias para completar o mês, quitar novembro e acertar outros débitos pendentes com o elenco para fazer valer o acordo de redução salarial firmado com os atletas no início da pandemia da Covid-19.
Na época, a diretoria se comprometeu a fechar o ano em dia sob uma cláusula de inadimplência que dizia: se o Fluminense não honrar com os compromissos assumidos dentro dos prazos, até o fim de 2020, a redução salarial será cancelada, e o clube será obrigado a pagar a diferença que havia cortado dos jogadores: 15% em março, 25% em maio e 25% em junho.
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O que falta pagar:
80% dos salários de outubro
100% dos salários de novembro
20% dos salários de março (que ficaram para dezembro)
50% dos salários de abril (que ficaram para dezembro)
1/3 das férias tiradas em abril
Apesar do pouco tempo, a diretoria mantém a expectativa de conseguir fechar o ano em dia. Como dezembro só vence em janeiro, o mês não entra na conta. As saídas de Odair Hellmann e Digão aliviam os cofres em uma economia de quase meio milhão na folha, mas só valerá a partir de 2021, uma vez que o técnico e o zagueiro trabalharam até novembro e também terão que ser pagos.
Há anos, ao longo de diferentes diretorias, o Fluminense vem tendo dificuldade de deixar os salários em dia em razão da situação financeira do clube. A atual diretoria, comandada pelo presidente Mário Bittencourt, assumiu o cargo em junho de 2019 com duas remunerações e meia em atraso e já quitou 20 folhas em 17 meses, incluindo o 13º de 2018.
A pandemia do novo coronavírus deixou o cenário ainda mais desafiador. Para minimizar a perda de receita, a direção fez acordos de redução salarial com elenco que ajudou a aliviar os cofres das Laranjeiras: houve descontos nos meses de março (15%), maio (25%) e junho (25%), além da postergação de 50% de abril para ser quitado em dezembro.