Neste domingo, dia em que os brasileiros vão às urnas para eleger prefeitos e vereadores, o zagueiro Marquinhos foi o escolhido para dar entrevista na seleção brasileira masculina de futebol e, além de assuntos esportivos, também falou sobre as eleições municipais.
Questionado sobre qual pedido faria aos políticos eleitos, Marquinhos, de 26 anos, se posicionou:
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- O futebol é um grande incentivo para todas as crianças no mundo, no Brasil principalmente. Com certeza meu primeiro pedido seria a educação e a saúde em primeiro lugar. Mas também que nossos prefeitos incentivem bastante o esporte, não só o futebol, todos os esportes. A gente sabe que é importante, graças a isso crianças saem das ruas, da criminalidade. Que possa investir em todos os esportes, fazer o possível. E que foquem na educação e saúde como um todo - declarou o zagueiro do Paris Saint-Germain.
Depois de vencer a Venezuela na última sexta-feira, a seleção brasileira enfrenta o Uruguai nesta terça, às 20h (de Brasília), no Estádio Centenário de Montevidéu.
Marquinhos alertou para a qualidade do ataque celeste, que conta com os astros Cavani e Suárez:
- São duas feras do futebol, a gente sabe o quanto já proporcionaram para a seleção uruguaia e para o futebol, já vi de perto o que esses dois podem fazer juntos. Tem que estar ligado, jogar com muito cuidado, muita excelência. Sempre trabalhando e focando. Focamos no coletivo bastante, como anular esse jogadores coletivamente antes de individualmente. Nosso forte, nosso plano de jogo. O que tentamos passar, esses são nomes de grande porte. Temos que pensar como todo num time do Uruguai, pensar coletivamente, como parar e ganhar esse jogo, fazer pontos importantes lá fora - comentou.
O zagueiro conhece bem Edinson Cavani, com quem atuou no Paris Saint-Germain até a última temporada.
- Para mim foi muito bom trabalhar com Cavani, centroavante que nos treinos sempre tinha o "um contra um", tinha que prestar bastante atenção no que ele faria, era muito bom, tentava anular. Gosto de trabalhar e treinar contra grandes atacantes, elevar meu nível e fazer com que tenha treinar da melhor forma também. Isso é o que leva a se aperfeiçoar, a crescer cada dia mais. Cavani é um tipo de jogador que é muito decisivo, que se doa muito para o time, o que ele faz pela seleção é impressionante, joga em todos os lados do campo e se doa ao máximo em campo. É muito perigoso dentro da área, temos eu esta 100% focados, pois no mínimo erro ele vai aproveitar e marcar gol. Temos que fazer um excelente trabalho.
Durante a coletiva, Marquinhos também foi questionado sobre os desfalques da seleção brasileira. Até o momento, oito jogadores já foram cortados. O lateral-esquerdo Alex Talles aguarda novo exame de Covid-19 e também corre o risco de deixar o grupo.
- Hoje é inevitável, a gente está vivendo uma temporada atípica em relação a todas que já participamos antes. O calendário está muito puxado, estamos tendo muitas lesões e a pandemia também vem atrapalhando a convocação e os clubes também. Temos que estar atentos. Tentar seguir nosso padrão, seleção sempre muito bem servida de muitos jogadores. Os desconvocados procuraram fazer um excelente trabalho, o Tite nos pede bastante para nos prepararmos todos da melhor maneira possível. Fazer bom trabalho e manter padrão. Os que entraram tentam aproveitar as oportunidades.
Ser capitão
- A gente sabe que dentro de um grupo existem muitos líderes, não é só o capitão que exerce essa função, ele é ajudado e amparado por muitos outros líderes. Existe líder técnico, o de vestiário, o de extracampo. Existem muitas maneiras de exercer essa liderança. Um grupo para ser forte e unido precisa de tudo isso. No PSG hoje eu sou capitão. O capitão não pode fazer nada sozinho, precisa de ajuda de todos. Pessoalmente, é algo que eu gosto, mas também não posso falar que ambiciono ser o capitão da Seleção porque aqui tem outros capitães, deixo as coisa acontecerem naturalmente.
Cobrança sobre a Seleção
- A gente tem que saber gerenciar toda essa situação, a gente sabe que a seleção é histórica, tem peso, a camisa tem peso por toda a história que ela tem, por todos que passaram aqui. Antigamente, todos craques já eram questionados, já tinham essa pressão, tudo, não vai mudar com a gente hoje. Temos que fazer nosso trabalho, simplesmente fazer nosso trabalho, focar, o que for construtivo, o que for legal de administrar, trazer para melhor, vamos fazer. A gente não tem que esconder as coisas, quando podemos fazer melhor a gente sabe, a gente sabe quando não jogou bem e ganhamos. A gente conseguiu resultado que queríamos (contra a Venezuela). Espetáculo nem sempre vai vir. Ainda mais hoje, que as seleções se defendem muito bem, são muito bem treinadas para dificultar nosso jogo. Entramos em campo primeiro querendo a vitória, depois fazer espetáculo ou a algo a mais.
Zagueiros na criação
- O jogo acaba mostrando o que pode fazer. Esse foi jogo atípico, a Venezuela jogou muito baixa, por isso que eu e Thiago tocamos muitas vezes a bola. Em alguns momentos, eu e o Thiago estávamos na intermediária, armando o jogo. Era muito difícil para criar espaços. Nosso meio não teve espaço para tocar a na bola e fazer essa criação de jogo. Um mínimo segundo que você atrase o passe é o suficiente para fechar espaços e você não encontra os meias numa posição melhor. Esse jogo pediu muito jogada pela beirada por conta disso. Tentávamos circular o mais rápido possível, para ir para o um contra um, tivemos bastante cruzamento também.
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