O grupo que dirige o Cruzeiro transitoriamente se reuniu à distância com candidatos à presidência do clube e do Conselho Deliberativo para detalhar números sobre a situação financeira e projetar o restante da temporada celeste.
Em janeiro, o clube detalhou suas dívidas com ações na Fifa. Na época, seria preciso pagar cerca de R$ 50 milhões somente em 2020. Desta vez, o número foi atualizado para R$ 81,4 milhões, sendo que somente R$ 36,6 milhões são de curto prazo, ou seja, dívidas que precisam ser quitadas ainda neste primeiro semestre. Isso contribui diretamente para a projeção da diretoria, que estipula ter um déficit de R$ 143 milhões no fim do ano.
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Apesar de ter conseguido diminuir sua folha salarial de R$ 16 milhões para R$ 3 milhões, o Cruzeiro sofreu com a saída de vários jogadores que acionaram o clube na Justiça. Além disso, aqueles que ficaram até aceitaram uma readequação salarial neste ano, mas receberão a diferença em relação ao antigo salário a partir de maio de 2021, quando o Cruzeiro espera estar de volta à primeira divisão e, portanto, com maiores receitas.
A diretoria atual ainda informou que já fez cortes de gastos importantes, embora não suficientes para estancar o prejuízo em todo o clube. Nas categorias de base, houve uma redução de aproximadamente R$ 1,2 milhão por ano.
As 110 demissões de funcionários administrativos também geraram uma economia de mais de R$ 25 milhões anuais. Outros cortes ocorreram com o cancelamento das linhas telefônicas de uso da diretoria (R$ 600 mil por ano) e com o plano de saúde e seguro de vida (R$ 1,92 milhão por ano).