O Cruzeiro apresentou, nesta sexta-feira, uma declaração do ex-CEO do Zorya (que esteve na administração do clube ucraniano entre 2009 e maio deste ano) que reforça a versão do clube mineiro sobre a triangulação do pagamento da dívida do atacante Willian com o time da Ucrânia e que seria destinado a um grupo de intermediação da Estônia. A carta, segundo o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, foi anexada ao processo na Fifa, em que o clube pede a reconsideração da punição.
Na carta postada pelo presidente do clube mineiro, Rafailov disse que contesta a afirmação do Zorya, em 26 de agosto, em que o clube ucraniano afirma não ter nenhuma relação com o Alik Football Management, empresa que o Cruzeiro negociou diretamente para realizar o parcelamento.
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"Recebi a notícia de que o Zorya havia informado à Fifa que não havia contratos, acordos ou relações comerciais com o Alik. Asseguro que esta afirmação é completamente falsa."
Rafailov, na carta, ainda disse que o Alik é gerido por cidadãos ucranianos e que a negociação para repassar o direito de receber o valor do Cruzeiro foi realizada ainda em março deste ano, com o consentimento do presidente do Zorya, Evgeny Geller.
Ainda no comunicado, o ex-CEO do Zorya garantiu que seu substituto, Stanislav Oganov, estava ciente do acordo com o Alik, apesar da declaração realizada à Fifa, em que o clube garante que não realizou nenhum acordo com o Cruzeiro e que as assinaturas eram falsas no documento.
O presidente do Cruzeiro informou que irá juntar o documento ao processo na Fifa, em que a Raposa tenta derrubar a punição de não poder registrar jogadores. O ex-CEO do Zorya ainda se colocou à disposição para testemunhar sobre a situação.
O caso
Nesta semana, o Cruzeiro foi punido pela Fifa com o impedimento de registrar jogadores, por causa de uma dívida de 1,1 milhão de euros com o Zorya, valor referente à parte da compra dos direitos econômicos do atacante William Bigode, em 2014.
Entretanto, o Cruzeiro anunciou que havia chegado a um acordo para realizar o pagamento de forma mais facilitada. Entretanto, em 21 de agosto, o comunicado da punição chegou à CBF. O Cruzeiro, no mesmo dia, apresentou recurso, informando do acordo. O clube ucraniano se pronunciou no caso, afirmando que não havia realizado nenhum tipo de parcelamento com a Raposa e negando relações com o Alik.