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Com coronavírus, Tandara pede mudanças na Superliga: "Protocolo pode ser falho"

Em teste exigido pela CBV, resultado de jogadora do Osasco havia sido negativo

Tandara passou os últimos dois dias trancada em um quarto de hotel em Uberlândia. Após receber o resultado positivo para coronavírus e ficar fora da partida contra o Praia Clube, a oposta esperou orientações para saber quais seriam seus próximos passos. Para não ficar longe da família nas festas de fim de ano, conversou com a supervisão do Osasco e com o técnico Luizomar de Moura, alugou um carro e pegou a estrada sozinha para voltar a São Paulo.

Sem sintomas mais sérios, Tandara reclama apenas de uma coriza insistente. Nada grave. Em meio às críticas ao protocolo adotado pela Confederação Brasileira de Vôlei, a jogadora acredita que as medidas podem, sim, ser modificadas para que as equipes tenham uma segurança maior durante a Superliga.

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- Graças a Deus, eu pensei no próximo, eu pensei na minha família, nas minhas companheiras de time. E a gente tem de agradecer muito ao patrocinador, que está dando todo o suporte aos testes. Mas, infelizmente, esse protocolo da CBV pode ser falho. Acho que ele pode ser, sim, movido, adaptado - afirmou.

Tandara fez três exames até a descoberta da infeção por coronavírus. O primeiro, um teste rápido, foi incentivado após Cleber, seu marido, ter tido resultado positivo em seu exame no último sábado. Após testar negativo, a oposta fez o teste exigido pela CBV na segunda-feira seguinte, novamente com o resultado negativo. Mas, preocupada, decidiu refazer o exame por conta própria na terça-feira, antes da partida contra o Praia.

- Eu fiquei tranquila porque estava coberta pelo protocolo da CBV, tanto para o jogo de sábado, contra o Brasília, quanto para o de quarta, contra o Praia. Eu estava tranquila porque tinha dado negativo. Na terça, eu tinha que pensar na minha família, na minha filha, no meu staff, que tem mais de 55 anos. Então, fizemos todos o exame, o mesmo que o Cleber tinha feito. Na quarta, eu estava em Uberlândia, estava indo para a análise de vídeo, quando saiu o resultado do meu exame, positivo. De todos os outros, deu negativo. Foi um baque, eu chorei - disse.

Nas últimas semanas, a Confederação Brasileira de Vôlei viu crescer a quantidade de infectados pelo coronavírus em meio à Superliga. Principalmente entre as mulheres. Na disputa feminina, a contagem chegou a 55 casos, com 17 jogos adiados. Entre os homens, o número é um pouco menor: 28 casos, dez partidas adiadas. Com o protocolo de prevenção posto à prova, a CBV analisa o cenário e busca alternativas para diminuir o impacto da pandemia e proteger a integridade física dos atletas.

Antes de a bola subir para o início da temporada, a CBV definiu um protocolo de prevenção para ser adotado durante as competições. Testes a cada 14 dias, quarentena de dez dias para quem estiver infectado, jogos adiados em caso de um alto número de jogadores contaminados, entre outros. A lista de medidas foi organizada em conjunto com clubes e especialistas. O protocolo, porém, não garantiu a imunidade dos envolvidos nas partidas.

No Sesi-Bauru, Adenízia foi uma das jogadoras infectadas no surto que atingiu a equipe. A central acredita que já estava infectada quando esteve em quadra antes do resultado positivo.

- Você saber que estava jogando e que pode infectar outras pessoas é uma situação complicada. Nós temos que ter mais cuidado. Acho que o protocolo pode ser adaptado, pode melhorar. Acho que 15 dias é um tempo muito grande. Nessa janela, eu posso contrair o vírus e infectar os adversários, posso estar em um aeroporto e infectar alguém. Isso deve ser pensado, porque, antes de sermos atletas, somos seres humanos. Não me sinto segura. Pode ser melhorado, o Sesi-Bauru tem feito o máximo de testes, feito distanciamento. Mas a CBV pode ajudar a gente nessa luta. É um vírus invisível, todo cuidado é pouco. Precisamos pensar no próximo.

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