A seleção feminina de futebol do Brasil deverá ser a pauta de uma série de reuniões na CBF depois do quarto lugar nos Jogos Rio-2016. A discussão principal abordará os próximos passos da equipe permanente, montada no começo do ano passado. Uma reformulação do trabalho não está descartada.
Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da entidade, avalia como positivo o resultado obtido depois da criação do time permanente, em que as jogadoras recebem uma bolsa de, em média, R$ 10 mil, já livres de impostos.
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Segundo ele, a falta de uma medalha nos gramados olímpicos não ameaça a continuação do projeto.
- Não passaríamos da fase classificatória se não fosse esse trabalho - afirmou o coordenador: - Ficamos a um pênalti da medalha de prata. Terminamos na frente de Estados Unidos e França.
Deverão ser reavaliados os critérios de escolha das jogadoras para integrarem a seleção permanente. A tendência é que haja uma renovação no quadro atual, uma vez que algumas atletas que participaram do megaevento serão contratadas por clubes da Europa e da China.
De olho no novo ciclo olímpico, jogadoras da equipe Sub-20 poderão ser incorporadas à seleção permanente. Para mantê-las em atividade por mais tempo, a CBF tem cedido as atletas para o Brasileiro feminino. Porém, algumas tiveram perda técnica devido à estrutura ruim que acharam nos clubes. Esse processo também deverá ser repensado.