A Mercedes manejou o dilema entre arriscar um abandono pelo uso exaustivo da terceira unidade de potência de Lewis Hamilton ou aceitar perder posições de largada com uma troca ao substituir apenas o motor de combustão interna do carro do britânico, durante o GP da Turquia. Porém, o time admitiu que, a seis etapas para o fim do campeonato, ainda pode fazer outras modificações.
- O quarto motor de combustão interna pode durar até o final da temporada, mas pode ter algum momento no qual diremos que vale a pena fazer outra troca, porque ele ainda está em risco. É um trabalho que ainda está em andamento - disse Toto Wolff, chefe da equipe.
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Todos os pilotos podem fazer até três trocas de motores livremente ao longo da temporada da Fórmula 1. A partir da quarta troca, porém, recebem punições através da perda de posições de largada no fim de semana em que fazem as modificações.
O que é conhecido como "motor", trata-se de um conjunto de seis dispositivos chamados de unidade de potência; entre eles está o motor de combustão interna (ICE), peça trocada pela Mercedes e que fez com que Hamilton perdesse dez posições de largada no Circuito de Istambul, onde chegou em quinto.
A substituição do motor do heptacampeão era aguardada com expectativa pela RBR, rival da Mercedes neste campeonato. Embora a punição tenha sido menor que a esperada pelo time britânico, seu chefe, Christian Horner, crê que modificar apenas uma parte da unidade de potência pode sobrecarregar os outros componentes do motor.
Wolff "confirmou" o palpite do rival ao reconhecer que a decisão tomada na Turquia não foi meramente tática. E apesar da Mercedes trabalhar com a possibilidade de mais uma troca - e mais punições -, também acredita nas chances de não precisar modificar o motor de Hamilton.
- Tínhamos que fazer isso. Vimos dados que não pareciam promissores e um abandono nos arrasaria no campeonato. Ao longo da temporada tivemos pequenos problemas que não tínhamos certeza de onde vinham e quanto poderiam nos custar. Hoje entendemos melhor a causa disso. São corridas difíceis pela frente, mas veremos como vamos pontuar. Eu nunca digo "nunca", mas normalmente, quatro motores são suficientes - concluiu o austríaco.
Com o quinto lugar de Hamilton e a segunda colocação de Max Verstappen na etapa turca, vencida por Valtteri Bottas, o britânico voltou para a vice-liderança do campeonato de pilotos, com seis pontos de diferença. Restam seis etapas para o fim da temporada, em 12 de dezembro.