As alemãs entraram em campo praticamente com a certeza de que deixariam a Arena Corinthians com três pontos. Mas quem roubou a cena foi o Zimbábue. Não pelo placar. Como esperado, a Alemanha passeou e venceu por 6 a 1, mas foi justamente o gol das africanas, marcado por Basopo, que levou o torcedor ao delírio. Foi o primeiro da história do país em competições internacionais, que sentiu o carinho do torcedor brasileiro durante os 90 minutos. Do lado alemão, a certeza de uma equipe com qualidade para brigar pelo pódio, com força ofensiva, comprovada com gols de Däbritz, Leupolz, Behringer (duas vezes) e Popp - Chibanda definiu o marcador com um gol contra.
PRIMEIRO TEMPO
Leia também
"Ataque contra defesa" resume perfeitamente o que foram os 45 minutos iniciais da partida. A Alemanha acumulou 20 finalizações (sete com direção ao gol), contra nenhuma de Zimbábue. Uma das seleções mais fortes no futebol feminino nesta Olimpíada, a equipe europeia teve pouco trabalho para abrir 2 a 0 - gols de Sara Däbritz e Alexandra Popp. Nos acréscimos, as alemãs ainda acertaram a trave da goleira Magwede.
SEGUNDO TEMPO
Com o resultado em mãos e o jogo controlado, a Alemanha abriu espaço para dar esperança à eufórica torcida na Arena Corinthians. Aos quatro minutos, a atacante Basopo aproveitou rebote da goleira Schult para marcar o primeiro gol de Zimbábue na história das Olimpíadas. Porém, o tempo para comemorar foi curto: aos oito, Behringer acertou bela cobrança de falta e voltou a ampliar a vantagem a favor das europeias, que ainda aumentaram em rebote de pênalti - de novo com Behringer, que havia desperdiçado a cobrança. Leupolz e Chibanda (contra) fecharam a conta: 6 a 1.
HISTÓRICO
O gol da atacante Kudakwashe Basopo é simbólico para o Zimbábue. A seleção de futebol feminino é a primeira da história do país africano é a se classificar para um esporte coletivo na Olimpíada desde a independência zimbabuense, conquistada em 1980. No ranking da Fifa, a equipe ocupa o 93º lugar do ranking, enquanto a Alemanha, adversária desta quarta, é a vice-líder.
APOIO PARA ZIMBÁBUE
A identificação entre os torcedores presentes na Arena Corinthians e a seleção do Zimbábue foi imediata. Com gritos inspirados na torcida alvinegra, os africanos ouviram apoio do primeiro ao último minuto. A cada vez que a Alemanha pegava na bola, era vaiada. A empolgação com o único gol dos zimbabuenses, marcado no segundo tempo, contagiou o estádio, que passou a ouvir gritos de "Eu acredito!".