Às vésperas de suas últimas corridas como piloto da Ferrari, o tetracampeão Sebastian Vettel deixou claro que não vê apenas um desempenho inferior da unidade de potência do modelo SF1000 como muitos acreditam. Para o alemão, o carro também apresenta deficiências na comparação com os adversários.
- Em termos de potência de motor, perdemos alguma performance na comparação com o ano passado. Em relação ao design (do carro), demos um pequeno passo à frente. Na última temporada, nosso carro era bem eficiente. Tínhamos muita pressão aerodinâmica sem muito arrasto. Neste ano temos mais pressão aerodinâmica, mas também mais arrasto, e esse é um grande problema - disse Vettel.
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Em 2019, a superioridade flagrante da unidade de potência da Ferrari na comparação com os adversários levantou suspeitas de irregularidades. A Federação Internacional dê Automobilismo (FIA) promoveu uma investigação e, apesar de não ter conseguido provar nenhuma falcatrua, entrou num acordo (cujos detalhes são secretos até hoje) com a Ferrari para que o motor fosse submetido a parâmetros estipulados pela entidade.
Como o carro da Ferrari em 2019 não era tão eficiente quanto os de Mercedes e RBR, a equipe trabalhou um novo conceito aerodinâmico no modelo de 2020, mas, como Vettel descreveu, não conseguiu alcançar o compromisso necessário entre velocidade nas curvas e nas retas - a velocidade final vem sendo o principal problema da equipe neste ano.
Dispensado da Ferrari para dar lugar ao espanhol Carlos Sainz Jr., hoje na McLaren, Sebastian Vettel será piloto da Aston Martin (atual Racing Point) na próxima temporada. Pela Ferrari, Vettel conquistou 14 vitórias e foi vice-campeão das temporadas de 2017 e 2018 - em 2020, o melhor resultado do alemão foi um terceiro lugar na Turquia. Já a Ferrari vem numa modesta sexta posição no Mundial de Construtores.