Com mais três rodadas pela frente pelo hexagonal final do Sul-Americano Sub-20, é hora de tirar a calculadora do bolso. Após o empate com o Equador e a derrota de virada diante do Uruguai, o Brasil soma apenas um ponto, assim como Colômbia e Equador, mas graças aos critérios de desempate (saldo e gols marcados) ocupa a quarta colocação, que classifica para o Mundial da categoria. Se a missão de buscar o título - ainda que não impossível - é bastante complicada, as quatro vagas para o torneio em maio na Coreia do Sul estão abertas. Para isso, é importante que se vença a Venezuela, neste domingo, às 19h (de Brasília) - o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real o duelo em Quito, com transmissão ao vivo do SporTV.
Apesar de não haver um prognóstico definido pela comissão técnica, o treinador Rogério Micale acredita que três vitórias nas rodadas restantes podem recolocar a Seleção na briga pelo título - que não vem desde 2011. Para isso, dependeria de tropeços do Uruguai. Só que o histórico do Sul-Americano diz que a tarefa é ainda mais complicada. Desde que a fase final passou a ser disputada com seis times, em 1997, a pior campanha de um campeão foi do próprio Brasil, em 2007, com 11 pontos (e a atual Seleção só pode chegar a 10).
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Agora, com relação à briga por uma das quatro vagas para o Mundial, a missão é mais simples. Desde que o torneio adotou o atual formato, as seleções que terminaram na quarta colocação tiveram entre cinco e oito pontos. Mas, normalmente, com sete já é o suficiente para garantir a classificação (veja na tabela acima). Para chegar lá, o primeiro passo é reencontrar o caminho das vitórias neste domingo.
- Conversamos e o foco agora é vencer a Venezuela. Temos conseguir as três vitórias. Conseguindo isso e o Uruguai tropeçando temos matematicamente chances de título. Então, temos que pensar primeiro na Venezuela - disse o capitão Caio Henrique, na torcida contra o Uruguai, que encara a Colômbia às 21h45 (Argentina x Equador fecham a rodada, às 23h30).
Invencibilidade brasileira
Se o histórico não favorece o Brasil na luta pelo título, ele é amplamente favorável quando se trata de duelo contra a Venezuela nesta categoria. Foram 12 partidas, sendo 10 vitórias da Seleção e dois empates (2 a 2 em 1997 e 1 a 1 em 2001). Com direito a uma goleada por 10 a 2 em 1997, o Brasil tem 40 gols a favor contra sete contra no confronto.
Defesa desfalcada
Para o duelo no Estádio Olímpico Atahualpa contra aquela que é a vice-líder do hexagonal final, o Brasil terá três mudanças na defesa - todas elas por suspensão. Os zagueiros Lyanco e Lucas Cunha, expulsos contra o Uruguai, devem dar lugar a Léo Santos e Gabriel. Já Guilherme Arana, autor de dois dos três gols da Seleção nesta fase, recebeu o segundo amarelo e será substituído por Rogério, do Juventus.
- A minha responsabilidade aumenta. Mas estou preparado. Espero aproveitar a oportunidade e quem sabe fazer um golzinho. A minha característica é ofensiva e espero também fazer o meu - disse o lateral da Velha Senhora, que precisou substituir Arana em dois jogos da primeira fase (no empate com o Chile e na derrota para a Colômbia).
Caso mantenha o time que treinou neste sábado no Centro de Treinamento do El Nacional, Micale vai mandar o Brasil com a seguinte formação: Lucas Perri; Dodô, Léo Santos, Gabriel e Rogério; Maycon, Caio Henrique e Matheus Sávio; Richarlison, David Neres e Felipe Vizeu. Após reclamações de brasileiros e colombianos, nenhum árbitro de um país envolvido nesta final foi escalado, e o peruano Diego Haro apita o jogo.