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Na última nota, Uchimura arranca o bi e estende reinado; Sasaki é top 10

Imbatível há oito anos, japonês tem título ameaçado por ucraniano, mas consegue o ouro do individual geral. Sérgio Sasaki fica em nono, posto inédito

Há sete anos a ginástica artística reverencia Kohei Uchimura. De tão perfeito, o japonês é chamado de rei, domina a prova do individual geral. Alguns o consideram imbatível, uma máquina. Nesta quarta-feira, o ucraniano Oleg Verniaiev mostrou que é sim possível destronar King Kohei. Mas não foi desta vez. Na última nota, o ginasta arrancou o bicampeonato olímpico e estendeu por mais um ano seu reinado no individual geral, em que os ginastas se apresentam nos seis aparelhos: solo, cavalo com alças, argolas, salto, paralelas e barra fixa. Por menos de um décimo, o ousado desafiante ficou com a prata na Olimpíada do Rio de Janeiro (92,365 x 92,266). O britânico Max Whitlock levou o bronze em meio à festa japonesa. Vida longa ao rei!

Dois brasileiros foram súditos honrados e viram de perto King Kohei mais uma vez conquistar o título. Décimo colocado nos Jogos de Londres, Sérgio Sasaki acertou tudo, somou 89,198 pontos, e conseguiu o nono lugar, melhor posição de um brasileiro na história. Uma conquista e tanto para um ginasta que passou um ano e meio afastado das competições por causa de lesões.

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- Eu fico feliz, porque eu ganhei muito. Passei por um ano difícil. Os atletas treinam, mas nem sempre conseguem dar 100% na competição. Talvez pela emoção do momento. E eu consegui o meus 100%. Se foi nono, 14º, 19º, não importa a posição, e sim você conseguir seus 100% na competição. Fiquei em nono. Se tem atletas melhores ou não, isso eu não tenho o poder de resolver. São juízes, não cabe a mim resolver isso. Mas eu tenho o poder do que posso fazer no aparelho, de conseguir controlar minha ansiedade, minha dor, a emoção de poder competir uma Olimpíada aqui e acertar. Isso é o que me deixa mais feliz - disse Sasaki.

Arthur Nory disputou pela primeira vez uma final olímpica individual e saiu da Arena Olímpica satisfeito com a 17ª colocação, com 87,331 pontos.

A festa maior, claro, foi de Uchimura. Não foi a primeira vez que conquistou o título no último aparelho, mas nunca a distância para um adversário tinha sido tão pequena. Nunca seu reinado esteve tão ameaçado. O bi foi conquistado, assim como seu primeiro título por equipes no Rio de Janeiro. Ele quer mais, quer um terceiro ouro. No domingo, King Kohei tenta a apoteose olímpica na final do solo, quando terá como adversários os brasileiros Diego Hypolito e Arthur Nory e principalmente o compatriota Kenzo Shirai.

1ª ROTAÇÃO

Assim como no Mundial de 2015, Nory abriu a final no cavalo com alças. O bicho foi difícil de domar. Por três vezes o brasileiro cometeu falhas, mas conseguiu se segurar no cavalo. Na saída, colocou a mão no peito aliviado. A nota 13,400 ficou um ponto abaixo do que tinha conseguido na classificatória, mas pelo menos não caiu. Sasaki teve mais tranquilidade no aparelho, encaixou bem os giros e conseguiu 14,766 pontos.

O finalista olímpico terminou a primeira rotação na 11ª colocação. Nory, na 22ª segunda. Na ponta, os favoritos começaram a despontar. Buscando o bi da prova, Uchimura foi quase perfeito no solo e conquistou 15,766 pontos. Comemorou bastante, mas foi ultrapassado por Max Whitlock, vice-campeão mundial da prova em 2014. O britânico cravou sua série no cavalo com alças, aparelho em que é o atual campeão mundial. Com 15,875, ele largou na dianteira.

2ª ROTAÇÃO

Nas argolas, Sasaki mais uma vez comemorou uma série segura, com saída quase cravada e boa postura nos movimentos, apesar de balançar um pouco as argolas. A nota 14,433 foi a melhor dele neste aparelho na Rio 2016. Ele caiu para o 15º posto, mas ia para seu aparelho mais forte: o salto. Nory também passou bem pelo seu ponto fraco, com 14,133 nas argolas. Ele caiu mais uma posição, indo para a vice-lanterna.

Entre os líderes, mudança na dianteira. Uchimura não demorou para ultrapassar Whitlock. O japonês dominou o cavalo (14,900), o britânico teve dificuldade na saída das argolas (14,733). Quem colou nos dois foi Oleg Verniaiev. Líder da classificatória e maior desafiante de Uchimura, o ucraniano impressionou no cavalo (15,533) e ficou exatamente um décimo atrás de Kohei.

3ª ROTAÇÃO

Sasaki sabia que o salto era o caminho para se aproximar dos líderes, e voou alto. Não foi o salto mais difícil que ele treina, mas o Dragulescu é um movimento também muito difícil e já dominado pelo ginasta. A nota 15,200 era a maior no aparelho àquela altura, que alçou Sasaki ao 10º posto. Nory também foi bem no salto, conseguindo 14,766 mesmo pisando fora da área de aterrissagem, subindo para a 21ª colocação.

Enquanto isso, Uchimura encarava seu aparelho mais fraco, ou melhor, menos forte. Ele cravou a série nas argolas e conseguiu 14,733 pontos. Não foi o suficiente para segurar a liderança. Verniaiev assumiu o primeiro posto com 15,300 nas argolas. Whitlock manteve a segunda colocação com 15,133 no salto. King Kohei viu seu reinado ameaçado na terceira posição, quase meio ponto atrás do ucraniano.

4ª ROTAÇÃO

Sasaki manteve o bom ritmo nas barras paralelas, quase cravou a série, do começo à saída. A nota 14,966 o fez subir mais uma posição no ranking, era o décimo ginasta mais completo do mundo àquela altura. Nory também subiu uma posição com a nota 14,633, muito festejada pelo sorridente ginasta, 20º colocado.

O duelo pelo ouro ficou ainda mais acirrado na quarta rotação. Uchimura voou no salto, com a melhor nota do aparelho: 15,566. Só que Verniaiev veio logo na sequência e praticamente empatou: 15,500. Não deu para o japonês retomar a liderança, mas pelo menos ele ultrapassou Max Whitlock, que conseguiu 15,000 nas paralelas e caiu para o terceiro lugar.

5ª ROTAÇÃO

Sasaki mais uma vez levantou a Arena Olímpica com uma apresentação fantástica na barra fixa. A nota 15,000, mesmo sendo boa, foi vaiada pela torcida, que pedia mais pontos para o brasileiro, que perdeu um posto no ranking e foi para o 11º posto. Quarto colocado na barra fixa do Mundial de 2015, Nory pode celebrar enfim ter acertado a série em seu aparelho mais forte. Ele se colocava uma pressão grande por uma final do aparelho, mas acabou errando na classificatória. Desta vez o sorriso largo mostrava a satisfação, expressa também na nota 15,266, melhor nota àquela na barra àquela altura. Nory subiu para o 17º lugar.

Na disputa pelo título, Verniaiev se apresentou primeiro em sua especialidade: as barras paralelas. Atual vice-campeão mundial do aparelho, ele cravou a série para conseguir 16,100 pontos. Só Uchimura ainda estava à vista no retrovisor. O japonês conseguiu 15,600 no aparelho. A distância entre eles era de 0,9. Com 14,700 na barra fixa, Max Whitlock manteve o terceiro lugar, mas viu a briga pelo bronze se acirrar com o russo David Belyavskiy e os chineses Lin Chaopan e Deng Shudi.

6ª ROTAÇÃO

Para Arthur Nory, o solo era o aparelho mais importante desta quarta, era um grande treino para a final do domingo. Ele mostrou que está firme, colocou mais dificuldade na série e conseguiu 15,133 pontos para deixar a Arena Olímpica esbanjando alegria e confiança. Com 87,331 pontos, ficou na 17ª colocação. Bom para sua primeira final olímpica. Sérgio Sasaki também teve muito o que comemorar, acertou a série do solo, a mesma que tinha errado na decisão por equipes. Ele conseguiu 14,833 pontos para totalizar 89,198 pontos e chegar à nona colocação, melhorando em um posto o resultado dos Jogos de Londres, o melhor da história para um brasileiro.

Max foi o primeiro dos candidatos ao pódio a se apresentar. No solo, aparelho em que é atual vice-campeão mundial, brilhou. Com 15,200 pontos, viu a medalha em suas mãos, somando 90,641 pontos nos seis aparelhos. Russos e chineses ficaram para trás. Uchimura colocou pressão em Verniaiev, se apresentou antes e voou no seu principal aparelho, com 15,800 pontos.

O ucraniano fechou a competição na barra fixa, precisando de 14,899 para levar o título. Na classificatória havia conseguido 15,133. Novamente fez uma série bem firme, com apenas um pequeno passo na saída. A torcida esperava por um novo campeão. Verniaiev esperava ser campeão, mas a nota 14,800 o colocou com a prata. A Arena Olímpica quase toda lamentou, menos os japoneses. Com 92,365 pontos, Kohei Uchimura conquistou o bi, menos de um décimo à frente de Verniaiev.

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