Diretor técnico da McLaren, Andreas Seidl garantiu que a dura posição da equipe na polêmica com a Racing Point não significa uma crise na relação com a Mercedes, que passará a fornecer motores ao time em 2021. A Racing Point foi punida com a perda de 15 pontos no Mundial de Construtores, além de multada em R$ 2,5 milhões, por usar dutos de refrigeração oriundos da Mercedes W10 de 2019, o que é irregular. A Racing Point recorreu para eliminar a penalidade, enquanto McLaren, Renault, Ferrari e Williams apelaram para aumentar a punição.
- Não há absolutamente nenhuma rixa entre nós e a Mercedes. De qualquer forma, temos uma ótima relação com o Toto (Wolff, chefe da equipe alemã), com a Mercedes, com os caras de Brixworth (local da fábrica de motores) se preparando para o próximo ano. No fim das contas, o que está acontecendo no momento é com a Racing Point e não com a Mercedes - destacou Seidl ao site "Autosport".
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Recentemente, Seidl demonstrou preocupação com o precedente aberto pela Racing Point de fazer um carro parecido demais com o da Mercedes e tornar a F1 um "campeonato de cópias". A semelhança entre o RP20 e o W10 da Mercedes de 2019 fizeram o carro da escuderia de Lawrence Stroll, pai de Lance Stroll, ser apelidado de "Mercedes rosa". Com o processo em andamento, o diretor da McLaren baixou o tom e evitou polemizar:
- Não quero falar sobre nenhum desses comentários. Fazemos parte de um processo legal. Não quero comentar mais sobre isso. E, ao mesmo tempo, é importante não desperdiçar muita energia em todo o caso. Sabemos o que temos que fazer do lado da McLaren para sermos mais competitivos, e esse é o meu foco principal, junto com a equipe.
Com a perda dos 15 pontos no Mundial de Construtores, a Racing Point ocupa a quinta colocação entre as dez equipes, sendo que, sem a punição, estaria em terceiro, um ponto à frente da Ferrari, que passou a esta posição com a decisão da FIA.