Charles Leclerc comandou a segunda sessão de treinos livres do GP do Azerbaijão, realizada nesta sexta-feira (13). O monegasco, que passou boa parte do tempo nos boxes por conta de problemas na direção da SF-24 após a batida no TL1, conseguiu acertar belo giro com os pneus macios e bateu Sergio Pérez por míseros 0s006. Lewis Hamilton terminou em terceiro.
Dessa vez, os pilotos conseguiram evitar os muros apesar das várias escapadas, portanto a sessão ocorreu sem interrupções com bandeira vermelha. E mais uma vez, a Red Bull surgiu muito forte nos setores 1 e 2, mais lentos, porém o bastante para compensar a perda na longa reta do circuito azeri.
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Foi uma jogada que funcionou bem na primeira sessão e quase resultou em nova liderança, dessa vez com Pérez, mas Leclerc obteve a melhor volta graças aos setores 1 e 3 melhores que os de Checo.
Hamilton também chegou a liderar e fechou o dia muito próximo dos ponteiros, apenas 0s066 mais lento de Leclerc. Já a distância entre ele e Carlos Sainz, o quarto, ficou em 0s4 — o espanhol, aliás, foi outro que sofreu para fazer curvas, passando reto em vários momentos.
Os carros da McLaren foram discretos, com Oscar Piastri em quinto e Lando Norris apenas em 17º, pois não conseguiu completar o giro rápido com os pneus macios ao ser atrapalhado por Pierre Gasly. Mesmo assim, o ritmo de corrida dos carros laranjas é forte, com destaque para Piastri, o melhor de todos.
Verstappen terminou em sexto, com Lance Stroll, Nico Hülkenberg, George Russell e Oliver Bearman fechando o top-10.
Depois de uma primeira sessão com performance impressionante de Verstappen nos setores mais lentos da pista que compensaram a deficiência do RB20 na longa reta de Baku, os pilotos retornaram à ação com o asfalto em 38°C, termômetros em 29°C e umidade relativa do ar em 29%. E, novamente, os carros da Red Bull começaram ditando o ritmo do TL2 graças aos setores 1 e 2 ainda muito fortes.
Só que foi Pérez quem liderou a tabela de tempos nos primeiros dez minutos, com 1min44s598, nada menos que 0s9 mais rápido que Max. Não demorou, todavia, para o tricampeão melhorar a própria marca, mas ainda ficando distantes 0s454 de Checo.
Hamilton, então, fez o melhor terceiro setor, o mais veloz de Baku, e subiu para segundo — e detalhe: de pneus duros, enquanto os demais carros ainda usavam os compostos médios da Pirelli.
Enquanto isso, Leclerc sofria para segurar o carro na pista e por pouco não repetiu a batida do TL1 na curva 15. O monegasco recolheu para os boxes reclamando bastante da direção pesada do carro ao fazer curvas tanto para a direita quanto para a esquerda. Sainz, por sua vez, colocava a Ferrari no topo, mesmo sem ser o mais rápido em nenhum setor específico do traçado azeri.
Pérez, Hamilton, Verstappen, Alexander Albon, Norris, Alonso, Yuki Tsunoda, Piastri e Hülkenberg vinham em sequência com pouco mais de 40 minutos para o fim da sessão, mas enquanto as atividades em Zandvoort e Monza apresentaram muito equilíbrio, com as distâncias entre os pilotos nos centésimos, a diferença de Sanz para Lewis, terceiro, era de 0s671.
Com pouco mais de 30 minutos para o fim, os pneus macios deram o ar da graça, e o primeiro a saltar posições foi Tsunoda, colocando o carro da RB em terceiro. Norris, então, passou 0s2 abaixo da marca de Sainz no setor 1 e foi ainda mais rápido no trecho intermediário, mas recolheu antes de completar o giro, permanecendo em décimo. A imagem recuperada depois mostrou o momento em que Gasly acabou atrapalhando a volta do piloto da McLaren. “Desculpe, tive um problema com a bateria”, justificou o francês.
Verstappen, então, repetiu o desempenho ao ser 0s4 mais rápido que Sainz somando os setores 1 e 2, mas perdeu toda a vantagem adquirida na parte final. Ainda assim, conseguiu ficar a 0s079 apenas da marca do espanhol. Piastri, por sua vez, veio com bom ritmo em todos os trechos, assim como Carlos, e passou Max, colocando a McLaren em segundo.
Com cerca de 25 minutos para o término, Bearman, no lugar do suspenso Kevin Magnussen, era apenas 0s072 mais lento que Hülkenberg, enquanto Colapinto também vinha na mesma toada de Albon, a míseros 0s012 de diferença. Já Pérez pegou o setor 1 do traçado e foi o suficiente para colocar a Red Bull novamente na liderança.
Leclerc, então, finalmente retornou à pista, ainda de pneus médios, porém escapando novamente, agora no castelo. Pouco antes, Sainz também passou reto, mostrando que o equilíbrio da SF-24 não está tão bom assim. Hamilton, em contrapartida, fez ótimo trecho final de macios e colocou a Mercedes em segundo.
Com cerca de 15 minutos para o fim, enquanto a maioria retornou aos médios para dar início às simulações de corrida, Leclerc calçou os macios pela primeira vez e fez o melhor setor 1 do traçado. E embora tenha perdido alguns centésimos nos trechos seguintes, virou 1min43s484 — 0s006 melhor que o mexicano da Red Bull.